Foto: Renato Araújo / ABr
O ex-ministro Antônio Palocci prestará depoimento na sede da Polícia Federal em Curitiba no começo da tarde desta quinta-feira (29). O homem das finanças do governo Lula cumpre prisão temporária na 35ª fase da Operação Lava Jato, sob suspeita de atuar em prol da Odebrecht no governo federal. Branislav Konti, assessor de Palocci, também tem interrogatório marcado pra esta quinta. Outro preso na operação, Juscelino Dourado, foi ouvido pela força-tarefa nesta quarta (28). “Ele nega as acusações. Ele jamais recebeu qualquer valor em nome do Palocci ou de qualquer outro. Desde 2005 a atividade dele é eminentemente privada e não tem qualquer relação com políticos”, disse ao G1 o advogado Cristiano Maronna. O prazo de prisão temporária dos três termina nesta sexta-feira (30), mas pode ser prorrogado por mais cinco dias ou convertido para prisão preventiva – neste caso, não haveria prazo para os presos deixarem a carceragem. A PF abriu um inquérito para investigar as suspeitas que recaem sobre os alvos da operação, como as irregularidades nas obras do metrô de Ipanema, no Rio de Janeiro; na Linha 4 do metrô de São Paulo; construções de presídios, penitenciárias e casas de custódia no Rio de Janeiro; obras do Porto de Laguna (SC), do Aeroporto Santos Dumont, do autódromo de Jacarepaguá e das piscinas olímpicas do Pan-Americano de 2007, também no Rio. Palocci teve R$ 814 mil bloqueados em três contas bancárias e mais R$ 30 milhões de sua empresa de consultoria. O juiz Sergio Moro havia determinado o bloqueio de até R$ 128 milhões dos envolvidos.