Em alusão ao Dia Internacional de Luta contra da Discriminação Racial, celebrado em 21 de março, a Prefeitura de Lauro de Freitas realiza nesta terça-feira (23), a live “Mulher contra a discriminação racial”. O encontro virtual, organizado pela Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres (SPM), terá como convidada a professora e psicopedagoga Sandra Souza, mestre em Ciência da Educação. Será transmitido pelo Instagram (@sandra.souza), às 10h da manhã.
A secretária de Políticas para Mulheres, Juçara Neves, fará a mediação da conversa. Ela destaca que a SPM apoia firmemente todos os eventos, políticas públicas, campanhas e manifestações populares antirracistas. Segundo a secretária, a data é simbólica, mas reforça a importância do diálogo, para que as pessoas entendam os prejuízos que esse tipo de preconceito oferece para a sociedade e, principalmente, para as mulheres.
“O objetivo da live é fortalecer o debate. No Brasil, a luta contra o preconceito começou a ganhar forma somente após a Constituição Federal de 1988. Nos últimos anos, com a ajuda da internet, foram criadas campanhas contra as diferentes formas de preconceito racial. Contudo, o racismo ainda é muito presente por aqui, o que exige políticas de inclusão mais eficazes. É preciso condenar, na prática, punir severamente as ações racistas e mudar um cenário que é tão lamentável de desigualdade social e racial. Continuaremos firmes nessa luta”, disse.
A convidada para a live, Sandra Souza, é militante há mais de 10 anos, integrante da Rede Estadual de Mulheres Negras e da articulação de mulheres negras de Lauro de Freitas. Ela ressalta que o encontro é uma oportunidade de reafirmar a relevância do tema e chamar a atenção para o papel da mulher negra na sociedade atual. Busca contribuir com o debate de desconstrução, visibilidade e igualdade racial.
“A importância que eu acho dessas discussões, é que nós mulheres negras e outras mulheres que queiram se juntar a nossa causa, venham desconstruir toda essa construção perversa que foi feita pelo colonizador. Uma ideia errada de que a mulher preta deve estar sempre em locais menos favorecidos. Precisamos mudar essa concepção. Queremos nosso lugar de fala. Queremos mulheres pretas nos lugares de poder. Nós estaremos sendo ouvidas, quando tivermos prefeitas, deputadas, senadoras, presidentas da república, que defendam a causa negra. Nós temos avançado, mas ainda é muito pouco para a população preta que existe. A sociedade brasileira precisa entender que nós temos o direito e o poder de estarmos onde nós queremos estar”, comentou.
Jornalista: Iana Silva
ASCOM
22/03/2021