Sancionado na quarta-feira (27) pelo presidente Jair Bolsonaro, o projeto de ajuda federal a estados e municípios destinará R$ 218 milhões aos cofres de Salvador para gastos livres e mais R$ 40 milhões para a saúde, segundo dados da Secretaria da Fazenda da capital. Os recursos serão liberados em quatro parcelas mensais.
O valor montante é quase igual ao impacto gerado pela pandemia de Covid-19 até aqui. Segundo o titular da Fazenda, Paulo Souto, desde o início da quarentena adotada para combater o novo coronavírus, a prefeitura teve perda de receitas de R$ 111 milhões. Em paralelo, foram alocados R$ 149 milhões no enfrentamento da pandemia, dos quais R$ 104 milhões com recursos próprios.
Estes números foram apresentados em conferência virtual com a Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização da Câmara Municipal. Souto, na ocasião, apresentou o Relatório de Gestão Fiscal do primeiro quadrimestre.
Em março, entre os dias 1º e 20, houve aumento de receitas de R$ 33 milhões, no comparativo com o mesmo período de 2019. Nos 11 dias restantes, foi verificado um recuo de R$ 6,7 milhões. O mês de abril fechou com queda de R$ 40 milhões na arrecadação. Já em maio, até o dia 25, há mais R$ 64 milhões de perdas.
As despesas correntes totais cresceram 7,5% em abril. No quadrimestre, segundo o secretário, os desembolsos com a saúde atingiram R$ 271 milhões, ou 18,9% das receitas corrrentes líquidas.
A audiência na Câmara foi acompanhada pelos vereadores Sidninho (Podemos), Cezar Leite (PRTB), Claudio Tinoco (DEM), Aladilce Souza (PCdoB), Sílvio Humberto (PSB), Kiki Bispo (DEM) e Edvaldo Brito (PSD).