Despertar o interesse sobre a redução de lixo, consumo consciente e descarte de resíduos. Esta é a principal proposta da “Oficina de compostagem: transformando resíduos orgânicos em composteira domésticas”, promovida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos (SEMARH), nesta quinta-feira (14), no Parque Ecológico de Lauro de Freitas. A atividade, que foca em competências voltadas à sustentabilidade, reuniu cerca de 30 participantes.
O projeto de compostagem doméstica é uma atividade idealizada pelo Departamento de Educação Ambiental da Semarh, como afirma o diretor Marcelo Cardoso. “Esta ação também faz parte das atividades integradas na semana do meio ambiente, que tiveram início no mês de junho. A proposta é sensibilizar a população de Lauro de Freitas quanto à reutilização de resíduos descartados em casa, para a produção de adubo orgânico, através da compostagem”, disse.
Na oficina ministrada por Joana Kalid da empresa Compostar, os participantes aprenderam o passo a passo de como montar uma composteira doméstica, na técnica de vermicompostagem, uma tecnologia de tratamento e valorização da fração orgânica dos resíduos que recorre a espécies de minhocas. “Trocamos conhecimentos acerca dos materiais que precisa ter para compostar, como os insumos, resíduos orgânicos, além de aprender a equilibrar o de todos os materiais”, explicou Joana.
Todos os participantes receberam certificado e foram contemplados com um kit de composteira individual, composto por três caixas de 15L, tampa, torneira, composto orgânico, minhocas californianas, manual de uso digital e impresso. Entre as técnicas de compostagem, a oficina ainda proporcionou reflexões que fortaleceram o conceito de sustentabilidade, a fim de mitigar os problemas ambientais sociais, de saúde pública e estimular a ideia de reciclagem e economia circular.
“Hoje eles aprenderam que 90% do que geram de resíduos podem ser transformados com a compostagem e reciclagem. Com essa prática a pessoa reduz o seu próprio lixo, contribui para um aterro menor na cidade, com a menor circulação do caminhão de lixo e consequentemente com a menor emissão de gás carbônico. Com o descarte do lixo sem orgânico, utilizado na compostagem, a pessoa contribui para a reciclagem, para a diminuição de animais que mexem nos lixos. Você cria uma consciência do que come e do que descarta. Quem faz compostagem, mexe com a terra, tem troca de energia, só coisas positivas”, concluiu Joana.
Para a participante Fabiane Luz, a oficina é uma iniciativa que deve ser levada para mais públicos. “Nos últimos anos venho me interessando por assuntos relacionados ao ecossistemas e à sustentabilidade. Este ano também iniciei um curso de jardinagem e paisagismo, e quando vi a divulgação desta oficina de compostagem me inscrevi para ampliar os conhecimentos. Nela aprendi a fazer minha parte para salvar o mundo e acredito que deveria ser levada para outros espaços, como as escolas, porque quando a gente leva conhecimentos para as crianças, não estamos começando o trabalho de conscientização pela metade do caminho”, ressaltou.