Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, só espera o ministro Luís Barroso tomar posse na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – o que vai acontecer segunda, 17h, em solenidade virtual – para montar uma comissão que vai tocar o adiamento das eleições.
Prorrogação de mandatos dos atuais prefeitos e vereadores? Nem se cogita. Lembra o senador Otto Alencar (PSD) que prorrogação de mandatos é causa pétrea, o que exigiria a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte. Ou seja, não existe.
Justa causa
O contexto é este, mas mesmo assim, ontem, em videoconferência com colegas, Eures Ribeiro (PSD), prefeito de Bom Jesus da Lapa e presidente da UPB (União dos Municípios da Bahia), voltou a defender a prorrogação de mandatos para 2022, quando aconteceria eleições gerais, de vereador a presidente, com mandato de cinco anos.
Ele pontua dois motivos:
1 — Não há condições, nas circunstâncias atuais, com a Covid invadindo os quatro cantos do Brasil, de se pensar em fazer campanha.
2 — É absurdo o calendário eleitoral do Brasil com eleições de dois em dois anos, o que desvirtua o sentido da representação política, que, ao invés de cuidar das políticas públicas, só cuida de política eleitoral.
Por mais justa que seja a causa, e lógicos os argumentos, teremos mesmo é eleição com pandemia. E no futuro, combinar com a torcida lá de Brasília, que, na maioria, não quer mudar o jogo porque vive disso.