Pelo menos 350 dos 417 prefeitos baianos estiveram presentes no protesto contra o arrocho do governo federal.
Diz Eures Ribeiro (PSD), prefeito de Bom Jesus da Lapa e presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) que o governo apronta por lá e os municípios pagam.
Em suma, dizem serem grandes vítimas das trambicagens federais que fazem o dinheiro jorrar por uma banda suspeita e também do que disso resulta como estrago na economia, já cambaleante.
As pautas são várias, três principais:
1 — Os municípios querem um socorro extra no FPM de R$ 4 bilhões.
2 — Pagamento da parte municipal dos royalties repassados aos Estado, conta que na Bahia dá R$ 1 bilhão. Segundo Eures, nenhum governo nunca pagou.
3 — O governo reduz os repasses, mas os gastos com pessoal são os mesmos. Resultado, o TCM rejeita as contas dos prefeitos por excederem o limite estabelecido em lei. Os prefeitos querem que os programas federais sejam retirados do índice.
— Em torno de 75% dos municípios vivem do FPM, que teve uma redução drástica. Só este mês foi de 40%. Nós herdamos os problemas que eles geram por lá. Não dá.
Se eles vão ter sucesso, sabe-se lá. Mas tem tudo para não ter. Temer agora livre de acusações vai herdar finanças arrebentadas, a hora de pagar a conta, pelo que deixou de praticar como ato de governo para melhorar o país, como pelo desembolso para salvar a pele.
Até agora, acena com a reforma da Previdência. Ou seja, quer retomar a agenda do reformista. Mesmo que a reforma seja a reinstituição da escravidão.