O preço médio da gasolina nos postos do país subiu 0,6% esta semana, chegando a R$ 6,36 o litro, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O valor máximo foi de R$ 7,46. Essa foi a quarta semana consecutiva de alta.
É possível encontrar o litro gasolina acima de R$ 7 em seis estados: Acre (R$ 7,13), Ceará (R$ 7,10), Mato Grosso (R$ 7,04), Minas Gerais (R$ 7,09), Rio Grande do Sul (R$ 7,46), Rio de Janeiro (R$ 7,39) e Piauí (R$ 7,15).
A escalada de preços dos combustíveis é reflexo do reajuste de 7,2% no valor da gasolina e do gás de cozinha (GLP) feito pela Petrobras, em vigor desde 9 de outubro.
Por este motivo, o preço do botijão de gás de 13kg também se manteve em alta nas revendas, com um aumento de 1,5% em seu preço médio, para R$ 101,96. O valor máximo chegou a R$ 135.
O preço do etanol hidratado subiu 1,1%, para uma média de R$ 4,87 o litro. O preço máximo do litro do combustível chegou a R$ 7,09.
O óleo diesel, por sua vez, registrou leve alta de 0,1%, com preço médio de R$ 5,04 e máximo de R$ 6,42 o litro.
Combustíveis pesam na inflação
Com o preço da gasolina, do gás natural (GNV) e do etanol em alta, a inflação para o motorista no Brasil disparou e já chega a 18,46% no acumulado em 12 meses até outubro, segundo um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). É a maior inflação para esse grupo desde 2000.
Esse aumento passou a consumir boa parte do orçamento dos brasileiros nos últimos meses. A alta também provocou uma enxurrada de reclamações de motoristas de aplicativo, que viram a renda do trabalho diminuir – as principais empresas do setor até anunciaram um aumento no repasse no valor da corrida para os trabalhadores.