Por Altamiro Borges
Na semana retrasada, o exterminador da Petrobras, Pedro Parente, anunciou a redução do preço da gasolina e a mídia venal fez o maior escarcéu. A queda prevista – de apenas um centavo – virou capa dos jornalões e motivo de comentários eufóricos nas emissoras de rádio e tevê. Os ex-urubólogos da imprensa – que no governo Dilma só difundiam notícias pessimistas sobre o país – viraram otimistas de plantão e juraram que a medida do covil golpista reduziria a inflação e impulsionaria a retomada da economia. Na sequência, ao invés de baixar, o preço da gasolina subiu nos postos e a mídia chapa-branca caiu no ridículo. Já nesta terça-feira (1), o governo anunciou o aumento do preço do gás de cozinha. A cruel decisão, que afeta as milhões de famílias, não virou manchete ou destaque na TV.
A Folha golpista deu apenas uma notinha, informando que “a Petrobras comunicou às distribuidoras de gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha) uma nova política de preços do combustível. A medida representará repasse de até 4% para as distribuidoras. O aumento depende da região e do tipo de contrato com a distribuidora… O maior impacto ocorrerá na região Nordeste, onde a maior parte dos contratos terá reajuste de 4%. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o botijão de 13 quilos custa, em média, R$ 53,76 na região Nordeste. Um aumento de 4% representa para o consumidor nordestino custo adicional de R$ 2,15 por botijão”.
Após protagonizar o “golpe dos corruptos”, que levou a corja de Michel Temer ao poder em Brasília, a mídia venal foi presenteada com o aumento das verbas da publicidade oficial. Não é de se estranhar, portanto, que ela agora só destaque as notícias otimistas sobre a economia. O que é bom a gente fala; o que é ruim a gente esconde – já ensinou um cínico ministro do ex-presidente FHC. A mídia privada não tem nada de neutra ou imparcial. No fundo, ela adora um “jabaculê” – a famosa propina paga aos mercenários empresários do setor. O usurpador Michel Temer garante mais grana dos cofres públicos, a mídia segue iludindo os “midiotas”.