Lau e companheiros (as), a mobilização foi “zero”, os terreiros não foram “contactados”, e os que foram não repassam, o engraçado é, se é calendário cultural o porque a secretaria responsável não articulou o povo de santo e grupos culturais da cidade? O problema não está no povo de santo, nem nos grupos culturais da cidade, o problema está em quem esta a frente da pasta que não tem me desculpem contato direto com esses grupos culturais só pode, a pasta responsável poderia inclusive acionar a fenacab que tem núcleo e representantes no município para assim convocar seus associados.
Agora o engraçado é se eu for hoje buscar parceria o secretário diz que não tem trio, não tem isso não tem aquilo foi inclusive o que eu ouvir quando realizei a II° Feira Cultural junto com a Defensoria Pública na comunidade de Itinga ofertando assim serviços gratuitos do município e do estado, é triste ver ações como essa nas mãos de pessoas despreparadas e que não dão a mínima para gerir um ato de resistência como esse, o novembro negro não morreu, a luta dos pretos não morreu, os povos tradicionais de terreiros e quilombolas não morreram, o que morreu foi a força de vontade de quem está a frente, em fazer.
O pior é que a sociedade mete a culpa na prefeita, como se a prefeita tivesse culpa.
Bàbálòrísá Rafael Cirne L’Òmín T’Òsún
Sacerdote Afro Fundador do Terreiro de Candomblé Ilè Asé Iyá Omífáláyò, Localizado em Itinga.