Perícia realizada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (26/10) identificou indícios de que o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) premeditou o ataque violento a agentes da corporação, no último domingo (23/10), quando foram cumprir ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A PF suspeita que Jefferson montou o cenário após sua filha ter, na sexta (21/10), divulgado nas redes sociais um vídeo em que o aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) xinga a ministra Cármen Lúcia, também do STF, associando-a a termos como “prostitutas”, “arrombadas” e “vagabundas”.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o laudo da perícia deve ficar pronto nos próximos dias. A PF ainda tenta identificar se Jefferson fez o vídeo de propósito para provocar sua prisão ou se a premeditação ocorreu após a repercussão. Na ocasião, ele cumpria prisão domiciliar.
Na última terça-feira (25/10), em audiência de custódia, o ex-deputado voltou a ofender Cármen Lúcia. Em depoimento a Airton Vieira, juiz instrutor do ministro Alexandre de Moraes no Supremo, Jefferson disse que Cármen Lúcia age “pior” que prostitutas. A informação é do portal Poder 360.
“Fiz um comentário mais duro contra o voto escandaloso da ministra Cármen Lúcia. Quero pedir desculpas às prostitutas pela má comparação, porque o papel dela foi muito pior, porque ela fez muito pior, com objetivos ideológicos, políticos. As outras fazem por necessidade”, disse.