A ex-atriz pornográfica e hoje comentarista de esportes, Mia Khalifa, usou as redes sociais na noite da segunda-feira (29/6) para agradecer o apoio que está recebendo para que seus vídeos de conteúdo adulto sejam retirados da internet.
A petição denominada “Justiça por Mia Khalifa” já conta com mais de 1,5 milhão de assinaturas. Ela ressaltou que a ação tem o objetivo de proteger outras mulheres que seguem ou pretendem seguir carreira na pornografia. O abaixo assinado, que foi criado por um fã da jovem de 27 anos, chama a atenção para o fato de Mia já ter tentado por várias vezes, ao longo dos seis anos que abandonou a carreira, comprar o conteúdo de volta.
Segundo o documento, as empresas de entretenimento se negam a aceitar a proposta porque têm mais vantagens financeiras em mantê-los no ar. A petição também alerta para o vídeo em que Mia aparece usando armas e um hijab, que rendeu ameaças de morte por parte do Estado Islâmico e causou traumas emocionais. Os apoiadores do EI chegaram a fazer montagens de Mia sendo decapitada e sua conta do Instagram foi hackeada.
A carreira de Mia Khalifa como atriz durou apenas três meses. Em 2014, as 21 anos, ela havia acabado de se formar e estava procurando emprego quando foi abordada por um homem que a convidou para trabalhar como modelo, que na verdade era a indústria dos filmes eróticos. Ela recebeu US$ 12 mil por seis vídeos e gerou milhões de faturamento para a empresa em que trabalhou, a Bang Bros, e para o PornHub, site hospedeiro dos filmes.
“Os homens que estão lutando contra mim são os mesmos que clicam nos meus vídeos. Mas que se dane, porque hoje à noite mais de 1 milhão de pessoas assinaram a petição para recuperar meu nome e impedir a republicação constante. Obrigado a vocês. Eu sei que isso é uma luta enorme, do tamanho de uma montanha, mas precisamos mudar [o comportamento] para futuras garotas, e essa luta precisa começar em algum lugar”, comemorou Mia.