Após ensaiar uma possibilidade de “candidatura independente” ao Senado – fora da chapa encabeçada pelo governador Rui Costa (PT) – o PCdoB voltou a priorizar o discurso a favor da “unidade”.
A legenda só lançará candidatura para a câmara alta do Congresso se for na chapa do petista.
No começo do ano, o deputado federal Davidson Magalhães, presidente do partido na Bahia, não descartou a possibilidade de um voo solo da legenda para tentar uma cadeira no Senado.
“O PCdoB historicamente já saiu com Haroldo Lima em chapa independente. Não seria novidade, se tiver que acontecer de novo”, afirmou o parlamentar, na ocasião.
O comunista comentava na época, uma declaração de Rui, que admitiu a vantagem de PT, PP e PSD na corrida para a composição da chapa majoritária.
Três semanas depois, o presidente do PCdoB baiano adota outro tom, ao ser questionado sobre a chance de candidatura independente ao Senado.
“Já fizemos isso no passado, em outra circunstância política. O momento é de reforçar a unidade do grupo. Estamos em um momento de ataque. Veja a condenação de ontem [do ex-presidente Lula], esse retrocesso democrático. Vivemos uma ofensiva de setores conservadores”, avaliou.
A deputada Alice Portugal, que se anima com a possibilidade de disputar o Senado, concorda. “A democracia vale mais do que qualquer candidatura avulsa”, defendeu.
O deputado federal Daniel Almeida pontuou que o voo solo ao Senado não seria interessante do ponto de vista eleitoral. “Só sairemos com candidatura ao Senado para valer, e para valer só dentro da chapa. Fora disso, não há hipótese”, descartou.
O objetivo da legenda, segundo o congressista, é eleger três deputados federais e quatro estaduais.
Atualmente, a bancada baiana do PCdoB na Câmara é de três deputados, mas um deles é suplente – o próprio Davidson. Na Assembleia Legislativa da Bahia, o partido tem três representantes: Fabrício Falcão, Zó e Bobô.