Familiares e amigos de Kaíque Moreira Abreu, 22 anos, lotaram o cemitério Bosque da Paz, na tarde desta sexta-feira (16), para se despedir do estudante. Ele morreu dias após ser agredido com um soco no rosto quando voltava do Carnaval, no bairro da Graça, em Salvador.
Muito emocionados, o pai, a mãe e o único irmão de Kaíque não comentaram o caso. O autor do crime, o pintor Edson Rodrigues dos Santos, 27, que confessou ter agredido o estudante na sexta (9), está preso. Edson disse que estava com raiva porque foi agredido no Carnaval e precisava descontar em alguém.
Kaíque foi abordado por desconhecido na rua e levou um soco fatal (Foto: Gil Santos/CORREIO)
Kaíque foi diagnosticado com morte cerebral e teve órgãos doados para transplante.
Presente no sepultamento do jovem, o micro-empresário Igor Aquino, 38, conta que ele era uma rapaz pacífico e muito apegado à família.
“Ele era muito amigo e companheiro. Kaíque era caseiro, não gostava muito de festa. O único dia em que ele foi para o Carnaval foi no dia em que aconteceu o crime. Os pais dele iriam viajar no sábado e, por isso, ele resolveu ir para a festa na sexta, para que os pais dele viajassem tranquilos, sabendo que ele estava em casa”, afirmou.
Kaíque cursava o 7º período de Enganaria Mecânica e os primeiros amigos começaram a chegar ao cemitério por volta das 14h. O movimento na capela 6 começou a aumentar a partir das 16h. Muitos foram vestidos com uma camiseta com a foto do jovem e a frase. “Pra quem tem fé, a vida nunca tem fim”.
Amigos contaram que Kaíque era apaixonado por jogos eletrônicos, e gostava de passar os momentos de lazer em família. “Ele adorava de games, jogava muito, e gostava de assistir filmes. Sempre estava nos eventos em família. Kaíque era muito caseiro”, contou Igor.
O estudante morava com os pais em Lauro de Freitas, e deixou um irmão de 27 anos.