Uma paciente, da Clínica Nefrovita, localizada no bairro de Pitangueiras, em Lauro de Freitas – que pede anonimato, por motivos de segurança – trouxe à tona uma série de alegações chocantes, envolvendo a instituição. Suas denúncias, que envolvem negligência, tratamento inadequado e condições deploráveis, lançam uma sombra sobre a qualidade do atendimento prestado pela clínica, exigindo a intervenção urgente das autoridades de saúde e órgãos reguladores.
Graves Denúncias da Paciente:
A paciente, que vem recebendo tratamento na Clínica Nefrovita por, aproximadamente, dois anos e quatro meses, expôs uma série de problemas que afetam não apenas sua vida, mas também a de outros pacientes.
Suas denúncias incluem:
1. Condições Precárias de Higiene: a denunciante alega que a clínica enfrenta sérios problemas de higiene, capilar estourado duas vezes na mesma; técnica de enfermagem, que não consta mais do quadro de funcionários, pegar coisas do chão, com a luva descartável e querer vir pegar nela; máquina parar, quebrando, por falta de manutenção, dentre outras coisas, que vêm colocando em risco a saúde de todos os pacientes. “Eu fui questionar! Só que eu questionei tanto, tanto, tanto, que não gostaram do meu posicionamento e me disseram que a clínica não tinha mais interesse em me manter lá, que eu estava a mercê do Planserv, para poder sair da clínica. Ou que eu ficasse a disposição, para poder procurar uma vaga em outra clínica e sair. Porém, a clínica mais perto para mim é a Nefron de Itapoã, onde eu levei meus documentos e, até hoje, eu não tive resultado algum porque eu não sei o que eles colocaram no meu relatório. E até hoje eu estou lá!” Afirma a paciente.
2. Falta de equipamentos e manutenção: ela descreve uma alta taxa de ocupação na clínica, resultando em longos tempos de espera para o tratamento. Além disso, a paciente menciona a falta de manutenção adequada das máquinas de hemodiálise, o que pode comprometer gravemente a eficácia dos procedimentos. “E hoje aconteceu episódio de dizer que a bomba quebrou novamente e mandaram eu chegar às duas horas da tarde. Sendo que, a primeira vez que a bomba quebrou, eu cheguei no meu horário, 10h30. E eu começo a minha hemodiálise 11h30 e fiquei lá esperando até entre 14h30 e 15h.” Salientou.
3. Negligência no Atendimento: a paciente relatou casos de negligência por parte dos profissionais de saúde da clínica, ignorando a sua necessidade em permanecer no equipamento, se recusando em permitir que ela complete as quatro horas necessárias para seu tratamento de hemodiálise.
“Aconteceu isso hoje, novamente, porém ligaram, pedindo para eu ir duas horas da tarde. Prontamente eu fui às duas horas da tarde. Chegando lá, quando sentei na máquina e perguntei à uma das técnicas, quantas horas eu tinha na máquina de diálise, ela falou: três horas.
Simplesmente eu faço quatro horas de hemodiálise!
Chamei o médico, que estava de plantão e pedi a ele para colocar minhas quatro horas, porque hoje era segunda-feira e eu fiquei sem dialisar sábado e domingo, sendo que, na sexta-feira, eu saí da hemodiálise quatro horas da tarde.
Ele me disse o seguinte: que ele não podia fazer nada não, porque a ordem veio da coordenação; que eu iria fazer, não só eu, mas todos os outros pacientes, três horas e que se eu quisesse, depois, voltasse para fazer uma extra. Que comunicasse para voltar e fazer uma extra.
Acontece que eu uso fístula e, quem usa a fístula para fazer hemodiálise, três dias seguidos, o braço fica frágil, pode correr o risco de infiltrar, pode correr o risco de trombar. Então esses cuidados não tiveram em pensar ao falar isso.
Aí chamei a enfermeira!
Ela veio, eu falei a mesma coisa, ela também disse, na minha cara, que eu ia fazer apenas três horas.
Eu respondi o seguinte: que eu ia fazer minhas quatro horas, porque eu não estava ali pedindo a ninguém, nada, né? Que eu estava pagando e que eu ia fazer minhas quatro horas.
E aí, consegui entrar em contato com minha médica, de fato, que é a Dra. Indira e ela ordenou que eu fizesse minhas quatro horas.”
A situação se torna ainda mais alarmante quando a paciente revela que buscou ajuda legal para transferir seu tratamento para outra clínica, mas suas tentativas foram negadas pela justiça. “Eu já entrei na justiça, solicitando a mudança de clínica, porém a juíza negou. Não foi feito isso e eu continuo na mesma clínica, com máquinas quebrando o tempo todo, com medo que alguma coisa aconteça comigo e penso que é muito complicado, muito desgastante viver desta forma.” Afirma a paciente. Ela expressa preocupação com o risco que corre, devido às condições deploráveis e ao tratamento inadequado que está recebendo na clínica. “O atendimento é o pior possível e até o banheiro, do lado de fora, fica trancado, tem que solicitar a chave ao segurança, um constrangimento só. O banheiro interno só pode ser usado quando em atendimento.” Contou ela.
Reivindicações por Mudanças Urgentes:
O atendimento na Clínica Nefrovita está sob intenso escrutínio, à medida que pacientes, incluindo a denunciante, clamam por mudanças imediatas. Além das questões de saúde, a infraestrutura precária e a falta de acessibilidade aos banheiros, são fonte de consternação.
“E a clínica já deixou claro, que não tem interesse em me atender, devido ao fato de eu estar reivindicando coisas que não iriam mudar, por minha causa e da de outros pacientes, também insatisfeitos com o atendimento, conduta de profissionais e infraestrutura do estabelecimento.” Concluiu.
As autoridades de saúde e órgãos reguladores, são instadas a tomar medidas imediatas, para investigar e resolver essas denúncias seríssimas, garantindo que os pacientes recebam o tratamento adequado, com dignidade e segurança. A comunidade de saúde e os cidadãos estão unidos na busca por justiça e melhorias na clínica, pois a vida e o bem-estar dos pacientes estão em jogo.
Da Redação
Foto: Google Maps