Perdeu uma, mas ganhou duas e ‘calou’ Maracanã
Otacílio disputou três finais de Copa do Brasil na carreira. Só perdeu a de 2001, pelo Corinthians. Conquistou o título da competição no ano seguinte, ainda pelo clube alvinegro, e já havia levado a taça em 1997, justamente atuando pelo Grêmio, algoz do Corinthians em 2001. E não foi qualquer título. O volante vinha de um período de certa desconfiança da torcida no Botafogo e, depois de chegar ao clube gaúcho, logo foi campeão em pleno Maracanã lotado.
“Foi marcante demais, por quê? Porque quando eu saí do Botafogo, eu tinha uma cobrança muito grande da torcida e, menos de três meses depois, você volta a jogar no Rio de Janeiro, uma final da Copa do Brasil onde eu fui eleito o melhor jogador em campo… Para mim foi como se eu estivesse dando uma volta por cima dentro de casa, eu calei a boca. Os torcedores às vezes não entendem porque o nosso trabalho depende muito dos resultados e nem sempre o nosso trabalho é reconhecido, principalmente na função de volante, que na época era mais uma posição de proteção, a gente não parecia tanto para o torcedor, mas taticamente era uma função muito importante e a sensação de ter sido campeão no Maracanã foi a mesma, só que ao contrário, daquela que nós perdemos em 1995, no Pacaembu, para o Santos [pelo Fluminense], e melhor ainda”, contou Otacílio.