Os cientistas estimam até 64.310 mortes no Brasil até o dia 9 de junho, considerando um cenário mais pessimista, e 31.384 mortes num cenário considerado mais otimista. Resumindo: quem puder, fique em casa!
Nesta terça-feira foram publicados dois estudos —de um conjunto de pesquisadores brasileiros e da universidade Johns Hopkins e outro de pesquisadores da Unesp (Universidade do Estado de São Paulo) e da Universidade de Oxford— que apontam que o Brasil será o novo epicentro global da pandemia. Em estudo que ainda não foi revisado por outros cientistas, pesquisadores brasileiros e britânicos compararam as curvas epidêmicas do Brasil e dos Estados Unidos (considerado o atual epicentro da pandemia) e observaram que as taxas de mortalidade daqui seguem um aumento exponencial semelhante ao dos EUA. Os cientistas estimam até 64.310 mortes no Brasil até o dia 9 de junho, considerando um cenário mais pessimista, e 31.384 mortes num cenário considerado mais otimista (os óbitos foram estimados estimadas até o 31º dia após a quinta morte registrada os dois países).
Já a projeções dos pesquisadores em parceria com a Johns Hopkins, que contaram com dados publicados até o dia 3 de maio, indicam que o número de infecções no Brasil pode chegar a 1,6 milhão, mais do que os 1,1 milhão de casos estado-unidenses. O estudo destaca a demora na notificação de casos no país como a razão pela qual os números oficiais ainda não são tão altos: o Brasil realizou cerca de 1.600 testes por milhão de pessoas, enquanto os EUA administram 20.200 testes por milhão de pessoas, e alguns países europeus realizam 30.000 testes por milhão.
https://brasil.elpais.com/brasil/2020-05-06/mesmo-com-defasagem-brasil-soma-600-mortes-por-coronavirus-em-um-dia-e-se-projeta-como-novo-epicentro-global-da-pandemia.html