O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, listou seis pontos que países devem observar, caso queiram deixar as medidas de quarentena. Em coletiva nesta sexta-feira (10), ele ponderou que retirar as restrições muito rápido pode levar a um “ressurgimento mortal” da pandemia.
“A saída pode ser tão perigosa quanto à entrada se não for gerenciada adequadamente”, explicou ele, de acordo com o jornal O Estado de S.Paulo.
Ghebreyesus recomenda que, antes de decidir encerrar a quarentena, o país tenha controlado a transmissão da doença. Além disso, é preciso estar com os serviços de saúde em funcionamento e disponíveis, minimizar os riscos de surto em locais de internação e adotar medidas preventivas em locais de trabalho, escolas e outros locais essenciais.
Também é preciso que o país esteja apto a administrar os casos que venham a ser importados e a manter a comunidade informada e engajada no período de transição.
“Eu não poderia ser mais enfático sobre isso. Cada pessoa tem, individualmente, um papel importante durante essa pandemia”, reforçou.
Distribuição de insumos médicos
Durante coletiva, Ghebreyesus comentou também a criação de uma rede de distribuição de materiais médicos para os países carentes desses insumos. A ação é um esforço conjunto com o Programa Alimentar Mundial da ONU (WFO).
O sistema vai ter bases na Bélgica, China, Etiópia, Gana, Malásia, Panamá e Emirados Árabes Unidos. A estimativa é que a distribuição supra cerca de 30% das necessidades mundiais nessa fase da epidemia. A operação deve custar US$ 2,8 bilhões.