Uma obra com concepção inovadora e que promete diminuir significativamente os alagamentos em Lauro de Freitas e alguns bairros de Salvador, melhorando a vida de 157 mil pessoas. É isso que o Governo do Estado vem realizando, através da CONDER, com o projeto de Macrodrenagem do Joanes-Ipitanga.
Enquanto as obras avançam, com investimento da ordem de R$170 milhões de recurso do PAC II, do Governo Federal, as comunidades do entorno são acompanhadas pela equipe social da CONDER e do Consórcio Ipitanga. Além de acompanhar as obras através de comissões, as famílias têm realizado cursos profissionalizantes e atividades culturais e de educação ambiental para garantir o desenvolvimento comunitário.
A macrodrenagem vai evitar as enchentes, que prejudicam os moradores do entorno dos rios em época de chuva. A ideia é reter a água em 6 reservatórios com capacidade de quase 1,5 milhão de metro cúbicos, dando vazão à água de forma controlada e paulatina sem causar alagamentos.
“Já tenho muito tempo trabalhando em obras civis, de esgotamento e de drenagem. Nunca tinha participado de um projeto dessa envergadura e com esse conceito de acumulação. É uma coisa nova e que pelo que se vê em outros lugares e países, realmente funciona”, comenta Jorge Lima, coordenador das obras de macrodrenagem da CONDER.
Os reservatórios, com solo permeável, além de cumprirem a função de drenagem, também serão espaços de convívio e lazer para a população. Nas cotas mais altas e menos sujeitas aos alagamentos temporários, serão instalados equipamentos como quadras, ciclovia e pistas de patinação, entre outros.
No segundo trecho da intervenção, a partir da segunda ponte da Estrada do Coco, vai haver desassoreamento da calha do Joanes-Ipitanga, para garantir que as águas cheguem ao mar sem obstáculos. Em paralelo, serão construídos 9 canais que ajudarão os córregos afluentes a drenarem de forma mais eficiente as águas da chuva para os reservatórios.
A entrega de 3 reservatórios e 3 canais está prevista para o início de 2020. “Quando todo o sistema estiver funcionando, teremos mais controle das águas das chuvas que atingem as áreas mais densamente povoadas. Então os alagamentos devem reduzir significativamente”, avalia Jorge Lima.
Ele também pontua que para cumprir a contento sua função a intervenção precisa que a calha esteja sempre desobstruída, com atenção especial a algumas pontes e adutoras da Embasa que podem barrar o fluxo de água. Por isso, a parceria com a prefeitura de Lauro de Freitas é fundamental, já que o poder público municipal será o responsável pela manutenção, após a entrega da obra.