A campanha já começou, porém este ano o momento mais importante da democracia não é barulhento aos ouvidos do eleitor. Consequentemente, não é irritante, como a grande maioria da população considerava. Finalmente os carros de som e o excesso de poluição visual e sonora que imprimiam um ritmo em que, quanto mais visto e ouvido, até um candidato sem expressividade e sem militância, poderia parecer relevante e propositivo. Agora esta tranquilidade é o clima ideal para o estudo, como um concurseiro que precisa de paz para se dedicar ao aprendizado. Não haveria momento mais oportuno para essa mudança, certamente esse clima de paz dá ao eleitor desapontado com os rumos da política a capacidade de reflexão.
Lembro das milhares de camisas amarelas que ganharam as ruas no dia da votação, lembro dos óculos, blocos, dentaduras e cestas básica, também dos muros, quem tinha a “tinta” podia pintar mais. Agora a campanha favorece aos quem tem trabalho e conseguiram arregimentar no decorrer do processo político. Claro, a grana ainda compra “opiniões”, infelizmente, mas um passo de cada vez. Anos após anos, podemos ver avanços no processo eleitoral. Não me parece mais utopia que uma campanha menos distorcida pelo capital esteja num futuro próximo.
Cleiton Carlucho