A população de Lauro de Freitas, em bairros como Areia Branca, Itinga, Vida Nova, Portão, e Jambeiro, está clamando por socorro às autoridades. A Prefeitura Municipal de Salvador, através da Secretaria de Transporte, solicitou à AGERBA a retirada de todos os ônibus metropolitanos que circulam na orla de Salvador, Pituba, São Joaquim e Largo de Roma.
Para muitos moradores, como Dona Diva de Areia Branca, isso representa uma tragédia anunciada. A decisão foi tomada sem uma audiência pública para discutir o assunto, deixando a população sem meios de transporte essenciais. A retirada de linhas como São Joaquim via Largo de Roma, Jambeiro x Itaigara e Vida Nova- Itinga x Itaigara, além da linha de Vilas do Atlântico x Praça da Sé, que agora só vai até o Campo Grande, tem causado transtornos significativos.
Os moradores estão sofrendo com a falta de integração entre ônibus metropolitanos e urbanos, tornando a locomoção pela cidade uma tarefa árdua, especialmente para os cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. A remoção de linhas como Lauro de Freitas x Rodoviária, via STIEP, e a limitação da linha de Vilas do Atlântico x Praça da Sé até o Campo Grande, são consideradas injustas e prejudiciais pela população.
Para Paulo Sacramento, líder comunitário, esta é uma luta antiga, que vem sendo travada há mais de 10 anos. Lauro de Freitas é um dos municípios que mais cresce na região metropolitana, com muitas empresas e moradores que dependem de um transporte público eficiente. A iniciativa da Prefeitura de Salvador, segundo ele, não só prejudica a mobilidade da população, mas também ameaça o funcionamento de empresas locais, que já estão considerando fechar suas portas.
A situação tem sido ainda mais complicada aos fins de semana e feriados, quando Salvador se transforma em uma cidade deserta, restando apenas opções de Uber e táxi para a locomoção. A Comissão de Transporte, Movimento de Mobilidade Urbana, Associações de Moradores, Associação de Idosos e Deficientes, e o Conselho da Igualdade Racial estão unidos em um apelo às autoridades, pedindo socorro para resolver essa situação emergencial.
Espera-se que a Defensoria Pública do Estado da Bahia e a OAB de Lauro de Freitas e Salvador defendam os direitos das comunidades tradicionais, trabalhadores e mães de família que dependem do transporte público para acessar serviços essenciais, como o Hospital da Mulher.
O apelo é claro: a população precisa de uma solução rápida e eficaz para garantir a mobilidade e a qualidade de vida dos moradores de Lauro de Freitas.