As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (29) em coletiva de imprensa do Ministério da Saúde, em Brasília. Os dados são referentes ao período de 18 a 29 de janeiro.
Coronavírus no Brasil:
- 9 casos suspeitos
- 33 notificações
- 0 caso provável e 0 confirmado
- 4 descartados – chegaram a ser uma suspeita, mas a investigação descartou o vírus
- 20 excluídos – não apresentaram os requisitos para serem enquadrados como suspeita
Os casos suspeitos foram registrados em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Ceará. Todos os pacientes estão passando por testes genômicos para uma possível confirmação do vírus 2019-nCoV. Por enquanto, os exames serão centralizados na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
“Nenhum de nós tem possibilidade de dizer com que velocidade esse possível surto irá se desenvolver no país. No momento atual, faremos uma campanha de recomendações do mesmo modo que fazemos no caso do influenza”, disse João Gabbardo dos Reis, secretário-executivo do Ministério da Saúde.
Reis também informou que não há previsão de interferência no carnaval devido ao vírus. Por enquanto, não haverá bloqueio de passageiros da China nos aeroportos – cerca 250 pessoas desembarcam por dia. Há recomendação do governo chinês para que os moradores não saiam de lá.
Taxa de mortalidade
O diretor-executivo do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, disse que 2% dos casos do novo coronavírus confirmados até agora resultaram em morte.
Segundo a OMS, o órgão vai realizar uma nova reunião do seu comitê na quinta-feira (30) para analisar se será declarado situação de emergência global para o novo coronavírus.
“O mundo inteiro precisa estar alerta, precisa agir e estar pronto para qualquer caso que apareça”, disse Michael Ryan.
O diretor elogiou os esforços da China para conter o surto e disse que ainda há oportunidade de parar o vírus. “Temos que basear nossas ações em evidências imperfeitas para criar uma estratégia de bloqueio da doença com um impacto mínimo na sociedade e economia”, disse o diretor.