Implementado há três meses nas unidades de urgência e emergência de Lauro de Freitas, o relatório diário de gerenciamento do atendimento já apresenta os primeiros resultados positivos. O documento, que traz o censo detalhado dos serviços em saúde, procedimentos e necessidades de cada paciente assistido nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Pronto Atendimento (PA) do município, resultou na redução do tempo de permanência dos usuários nos equipamentos e por consequência uma queda na taxa de óbitos. Isso também se deve a integração da equipe multidisciplinar e a implantação de novas rotinas e protocolo.
A coordenadora executiva da Secretária Municipal de Saúde (Sesa), Elisa Daltro, explica que as unidades de urgência e emergência são estruturas de complexidade intermediária que funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana, e podem resolver grande parte das entradas referentes a pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame.
“Nós tentamos solucionar os casos nas unidades. Quando o paciente chega ao equipamento os médicos prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico. Eles analisam se é necessário encaminhar o paciente a um hospital ou mantê-lo em observação”, afirmou.
Nos primeiros meses do ano, o tempo médio de permanência dos pacientes nas unidades era de 15 dias. Atualmente o registro aponta saída dos usuários com média calculada de um a dois dias. A coordenadora frisa que a meta para a permanência é de 24h. “Após a avaliação médica, os pacientes que precisam ser regulados para unidades de alta complexidade, e com base nos dados do gerenciamento do atendimento o processo regulador é otimizado”, disse. Os últimos relatórios apontam um aumento na quantidade de transferências. No mês de junho foram 48, e em julho subiu para 71. As principais causas para regulação dos pacientes são vagas de UTI, avaliação neurológica, avaliação cardíaca e avaliação com infectologista.
Diariamente a UPA de Itinga atende em média 300 pacientes; a estimativa é ultrapassar os de 9 mil atendimentos ao mês. A unidade conta com Raio X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação. Na UPA pediátrica passam diariamente cerca de 150 crianças e adolescentes e no PA do Centro são 250 atendimentos por dia. Somando todas as unidades são mais de 20 mil pessoas atendidas por mês.
A médica e assessora da Sesa, Livia de Mello Ribeiro, ressalta que o gerenciamento que otimiza o fluxo nas UPA adulto e UPA pediátrica, PA do Centro e PA de Areia Branca, articulado com as Unidades de Regulação do Município e do Estado e o auxílio de uma equipe multidisciplinar, foram às estratégias usadas para alcançar os bons resultados: aumento de pacientes regulados x redução de taxa de óbitos.
“Esta iniciativa de gestão, decorrente de relatórios detalhados, revela que estamos atentos às necessidades da população assistida. A partir disto, verificamos melhoria no atendimento aos pacientes, aumento no número de regulações para unidades especializadas, além da queda no número de óbitos. Isso, fruto de um trabalho envolvendo práticas integrativas entre a pequena, média e alta complexidade”, explicou.
Jornalista Giovanna Reyner
ASCOM/PMLF
09/08/2019
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