Cerca de duas toneladas de óleo foram retiradas das praias de Lauro de Freitas neste sábado (2), pelas equipes das secretarias de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) e de Serviços Públicos (SESP). Foi o maior volume registrado esta semana.
Em Buraquinho, Vilas do Atlântico e Ipitanga, as manchas chamaram a atenção de banhistas e moradores, e despertaram a preocupação de barraqueiros que já contabilizam uma redução de 40% nas vendas em seus estabelecimentos.
A limpeza começou nas primeiras horas da manhã, logo após o alerta do monitoramento da Prefeitura. No início da tarde a praia já estava limpa. O óleo está sendo armazenado em local seguro, cumprindo as normas estabelecidas pelo Inema, onde aguardam o recolhimento que será feita pelo Governo do Estado.
O secretário da SEMARH, Alexandre Marques, percorreu toda a orla para verificar de perto a situação. “Já estávamos esperando a chegada destas novas manchas, por conta do reaparecimento na orla de Arembepe, na última semana. Eu visitei as praias atingidas desde as primeiras horas do dia com a minha equipe, para analisar e retirar tudo que fosse possível. Por enquanto a situação está controlada, mas amanhã retornaremos para uma nova vistoria” comentou o secretário.
Outra preocupação dos órgãos competentes é o Rio Joanes, que é um dos principais mananciais da Região Metropolitana. O Rio também foi atingido neste sábado, apresentando fragmentos de óleo na região. A SEMARH, atenta a esta situação, acionou o INEMA e IBAMA, com o intuito de realizar um trabalho conjunto, para a vistoria e tomada das devidas providências e proteção ao estuário e manguezal.
“Vamos monitorar este aparecimento de óleo nas praias e no estuário do Rio Joanes e fazer a devida remoção. Por isso é muito importante contar com o apoio dos órgãos federais e estaduais. Estamos realizando um trabalho paralelo para resolver esta questão. A Prefeitura como força local, o INEMA, na esfera estadual e o IBAMA, na federal. São os três entes trabalhando juntos, em prol da resolução deste problema ambiental”, relatou Luiz Humberto Valente, analista técnico ambiental da Semarh.
Fluxo nas praias
As manchas de óleo que chegaram às praias baianas começam a dar prejuízo também para quem trabalha na orla e precisa dos banhistas para a venda dos seus produtos. O gerente de uma das mais tradicionais barracas da orla de Lauro de Freitas, Ademir Gomes, lamenta o baixo público e situação de medo instaurado.
“Trabalho aqui há mais de três anos e nunca vi algo parecido. O fluxo de vendas caiu em torno de 40%, desde o surgimento destas manchas. Sabemos que é algo a se preocupar, mas não está com essa dimensão que as pessoas estão achando. As praias estão limpas e quando surge qualquer eventualidade, a Prefeitura imediatamente envia a sua equipe para a devida remoção”, relatou o gerente.
Além de manter equipes de monitoramento nas praias, a Prefeitura também alerta os banhistas e voluntários sobre os riscos do manuseio inadequado do óleo. Quem quiser contribuir com a limpeza deve se juntar às equipes da SESP devidamente protegidos com luvas e botas e seguir as orientações já conhecidas: não tocar no óleo, não enterrar, se encontrar animais atingidos pelo óleo não devolver ao mar e buscar apoio dos órgãos competentes –
Jornalista: Iana Silva
ASCOM Prefeitura de Lauro de Freitas
02/11/2019
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