Durante vídeoconferência com os ministros da Saúde do G20, grupo das 20 maiores economias do planeta, realizada na manhã deste domingo (19), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu cautela aos países-membros nas decisões de relaxar as medidas de quarentena e isolamento social e pleiteou ajuda para países mais pobres, onde a doença começou a se espalhar.
“É encorajador que vários países agora estejam planejando como diminuir as restrições sociais, mas é crítico que tais medidas sejam tomadas de maneira escalonada”, disse Tedros. “Relaxar a quarentena não é o fim da epidemia no país, é só o começo da próxima fase. É vital que os países eduquem, engagem e empoderem sua população para prevenir e responder rapidamente a qualquer ressurgência do vírus.”
Tedros ainda reiterou que é importante que países só comecem a retomar a normalidade quando estiverem certos que seus sistemas de saúde têm capacidade de “detectar, testar, isolar e cuidar de cada caso, além de traçar todo contato que o paciente teve”. A disponibilidade de testes é, inclusive, uma das pré-condições estabelecidas pela OMS para o relaxamento de medidas de isolamento. “É necessário garantir que os sistemas de saúde tenham capacidade de absorver qualquer aumento nas infecções.”
A OMS (Organização Mundial da Saúde) vai enviar mais 30 milhões de testes de coronavírus nos próximos 4 meses para os países que precisarem. As primeiras remessas começarão a ser enviadas na próxima semana, disse o diretor-geral.
Além da entrega dos exames, a organização continuará enviando equipamentos médicos de proteção contra a doença, como máscaras, protetores faciais e óculos para os 120 países na lista de prioridade. Os esforços para entregar o material também serão reforçados no continente africano.
Tedro também comentou sobre a suspensão e relaxamento das quarentenas pelo mundo e reforçou que é preciso garantir que a transmissão do vírus está sob controle. “Suspender as restrições não quer dizer que a pandemia acabou”, alertou.
Ele explicou que as quarentenas são necessárias para controlar os picos de transmissão da doença e aumentar o número de contágios, mas que o isolamento sozinho não consegue acabar com a doença e que os países precisam continuar fazendo testes, tratando os doentes e rastreando os contágios
Manuela Laborda
Fonte: r7.com