Em entrevista à rádio Guaíba, nesta quinta-feira (16), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, minimizou a pandemia do novo coronavírus e tentou justificar seus ataques contra a China.
“Você pode enganar poucas pessoas durante algum tempo, mas você não consegue enganar todo mundo durante muito tempo. A verdade está aparecendo aí: a hidroxicloroquina funciona, essa quarentena foi precipitada? Não tá aparecendo a pilha de mortos que tinham falado que iria aparecer”, disse ele ao afirmar que vai manter a data do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), Weintraub disse que “a quarentena foi precipitada”.
“O Enem é em novembro, é só em novembro. Você está me falando que a epidemia vai continuar até novembro e ninguém vai poder mais sair de casa? E o que acontece? Cinco milhões de jovens que fazem o vestibular ficam sem perspectiva?”, questionou.
Sobre o pedido da Procuradoria-Geral da República pela abertura de um inquérito que investigue o crime de preconceito por seus ataques contra a China, ele usou termos racistas para negar o crime.
“Pode ver minha cor, minha cor é escura. Eu sou um vira-lata, pé-duro. Eu não sou racista, minha história de vida mostra que eu não sou racista. Tenho vários amigos? Eu não tenho amigo ‘negão’ ou amigo chinês, eu tenho amigo. Ele pode ser de qualquer cor”, disse.
Em sua página no Twitter, no último dia 4, Weintraub publicou a capa de uma edição do gibi da Turma da Mônica que se passa na China e usou a fala típica do personagem Cebolinha, que troca o R pelo L, para ridicularizar a forma como imigrantes asiáticos falam português. Weintraub ainda insinuou que a China obteria benefícios com pandemia de coronavírus.