Internos do Conjunto Penal Lauro de Freitas, localizado em Areia Branca, participaram na manhã desta segunda-feira (26) da primeira edição do projeto “Cuidando de Mim”, desenvolvido pela administração da unidade em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Lauro de Freitas (Sesa). A ação, que se repete nesta terça-feira (27), deve realizar consultas e exames em mais de 400 custodiados nestes dois dias.
No pátio da unidade, os atendimentos eram realizados com consultas médicas, odontológicas, aferição de pressão arterial, glicemia, testes rápidos para HIV, Siflis e Hepatite, vacinação para sarampo, febre amarela e DT (tétano e difteria). “Além dos serviços colocados durante estes dois dias aqui no Conjunto nós também vamos avaliar as demandas triadas neste mutirão e realizar exames mais complexos como ultrassons e raio x no Hospital Municipal Jorge Novis. Além dos exames, os detentos poderão ter acesso a especialidades medicas, como urologista, oftalmologista, otorrino, neurologia, angiologia e outros”, destacou o secretário Vidigal Cafezeiro.
De acordo com a coordenadora executiva da Sesa, Elisa Daltro, a Secretaria disponibilizou médicos, assistentes sociais, enfermeiros e técnicos de enfermagem além de insumos para a realização do mutirão. “Trabalhamos em regime de cooperação estado e município prestando assistência a essas pessoas. A maioria aqui está em regime semiaberto em processo de reeducação. Esse é o momento importante para ressocialização, já que eles poderão voltar a conviver em sociedade e já saem com seus exames para poder voltar ao mercado de trabalho”, pontuou.
Além da atenção à saúde, o projeto Cuidando de Mim oferece serviços jurídicos e atendimento com assistentes sociais. “O projeto tem como objetivo proporcionar a promoção do autoconhecimento, ajudando os reeducandos a se autoavaliarem em busca da restauração pessoal. A ressocialização começa de dentro para fora”, frisou a coordenadora do projeto, Ana Reis. Para o diretor do Conjunto Penal, Archimedes Benicio, “todos os profissionais envolvidos neste projeto trabalham de maneira a fazer com que cada reeducando descubra as motivações de suas atitudes e a razão de comportamentos destrutivos e compulsivos, mesmo que estas tenham causados sérios danos a outros, podendo assim reavaliar-se e repensar seu modo de vida”, disse.
Jornalista Giovanna Reyner
Foto Lucas Lins
ASCOM/PMLF
26/08/2019
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