A Marcha da Margaridas foi um dos acontecimentos mais importantes na luta social e em defesa da democracia que presenciamos este ano. A estimativa é que mais de 100 mil mulheres participaram do ato. Elas marcharam em direção ao centro do poder em Brasília e deram exemplo de cidadania e coragem.
Na 6ª edição da marcha, os temas centrais foram a agroecologia e o enfrentamento da violência contra a mulher no campo. Além disso, as mulheres protestaram contra a deformação da Previdência, o desmonte do estado brasileiro, o ataque à educação, saindo em defesa de políticas públicas, da liberdade de Lula, dentre outras temáticas de importância semelhante.
O nome Marcha das Margaridas é uma justa homenagem à companheira Maria Margarida Alves, sindicalista covardemente assassinada em 1983. A mártir lutou bravamente contra os coronéis do açúcar em Alagoa Grande, na Paraíba.
A luta de Margarida não foi em vão e da sua semente brotaram milhares de mulheres agricultoras familiares, sem teto, sem-terra, camponesas, acampadas, assentadas, assalariadas, trabalhadoras rurais, artesãs, extrativistas, quebradeiras de coco, seringueiras, pescadoras, ribeirinhas, quilombolas, indígenas, estudantes, enfim, mulheres que nos enchem de orgulho e encorajamento para a luta.
Josias Gomes – Deputado Federal (licenciado) do PT/Bahia e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR.