Os Ministérios Públicos de 11 estados brasileiros e do Distrito Federal vão apurar se houve irregularidade na vacinação contra o novo coronavírus de políticos, empresários e servidores públicos. Integram a lista Amazonas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe.
Na primeira fase, a imunização é voltada apenas para integrantes do grupo de risco: profissionais que atuam na linha de frente contra a Covid-19, idosos que moram em abrigos e indígenas.
Nesta quinta-feira (21), a vacinação foi suspensa em Manaus, capital do Amazonas, após denúncias de que duas médicas, parentes de empresários locais, teriam “furado a fila” na vacinação. Outra cidade que também suspendeu a imunização foi Tupã, no interior de São Paulo, depois de um integrante da irmandade que administra a Santa Casa ser vacinado.
Na Bahia, o MP vai apurar a vacinação no prefeito da cidade de Candiba, Reginaldo Martins Prado. Ele não integra o grupo prioritário. Em nota, o MP afirmou que o fato “pode se configurar como crime de prevaricação e ato de improbidade administrativa”. O Ministério Público Federal (MPF), por sua vez, pediu que o gestor seja condenado e que os bens sejam confiscados para pagamento de multa de R$ 145 mil.
Conforme o Plano Nacional de Imunização, 14,9 milhões de pessoas integram o grupo prioritário para a vacinação na primeira fase, no entanto, até o momento só foram disponibilizadas 6 milhões de doses da CoronaVac (Instituto Butantan/Sinovac).