Bonde Cor de Rosa leva produtos até a clientela(Foto: Anne Daisy/Arquivo Pessoal)
A administradora Carina Arcanjo Moreira, moradora de Lauro de Freitas, resolveu apostar na veia empreendedora e criou, há cinco meses, uma Kombi customizada para vender roupas íntimas e produtos eróticos para o público feminino.
“O Bonde Cor de Rosa” estaciona em eventos como chá de lingerie, feiras e também nas casas das clientes. A ideia é que os produtos sejam mais do que acessórios sexuais e levem às mulheres valores como empoderamento e a descoberta do prazer.
“Eu gosto de ajudar as mulheres porque eu penso que se tiver duas amigas que dizem que não têm problema em ir a sex shop já é muito. Tem muito tabu. Eu vendo produtos eróticos para homens também, mas a maioria é mulher. Mesmo assim elas ficam com muita vergonha de falar”, conta Carina.
Ela investiu inicialmente cerca de R$ 50 mil com a Kombi e o primeiro estoque. Carina comprou um veículo do ano de 1994 e personalizou no estilo “pin-up”, que ficou conhecido na década de 40 ao mostrar imagens de modelos sensuais. O marido e a irmã dela também ajudam a tocar o negócio junto com a administradora, que trabalha no serviço público.
“Eu sempre tive espírito empreendedor inquieto, sempre fiz milhões de coisas, trabalhei com lingerie e sex shop virtual. Já vendia pela internet e boca a boca. Surgiu a ideia de montar essa kombi itinerante porque vai qualquer lugar, se for o caso a Bahia toda”, projeta.
Desde o início do novo projeto, costuma levar o bonde até eventos em Lauro de Freitas e Salvador. “A gente está correndo atrás e estamos conseguindo pagar as contas relacionadas ao bonde, mas do investimento ainda não conseguimos retorno. Acho que é pouco tempo para conseguimos”, avalia.
Quando a Kombi estaciona, a mulherada que ainda não conhece chega atraída pelas lingeries. Então, a cliente é convidada a conhecer também os produtos eróticos, que ficam nos fundos do veículo.
“O fundo da Kombi é montado para a parte erótica, tem armários no fundo do bonde onde ficam ali os produtos. É discreto. Só sabe que tem os produtos se eu mostrar. Eu apresento e muita gente gosta da ideia”, relata. Carina conta ainda que procura vender produtos eróticos que ela mesma já tenha usado. “São coisas que experimentei e aprovei. São os produtos que eu usei e não me causaram nenhum problema. Eu sempre procuro feed back dos clientes para dizer se gostou e porque gostou”, diz.
Fonte: G1 BA
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