Representando a BCS de Itinga, a estudante Keise Luana Santos, 16 anos, tem 1,70m de altura, apesar da timidez, ela escancarou um “carão” na hora do ensaio geral para o desfile final, que ocorre nesta quinta. “Já participei de outro, mas sempre fico um pouco nervosa”, comenta ela, ao admitir certa ansiedade.
Elas chamam a atenção por onde passam. Umas mais altas, outras nem tanto. Algumas optam por raspar o cabelo, já outras deixam as madeixas crescer. Milhares de likes, acessos e compartilhamentos fazem parte das suas rotinas nas redes sociais. Parece até descrição de artista, não é? Mas trata-se das finalistas do concurso Garota BCS 2017 – Base Comunitária de Segurança, organizado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Onze das 18 candidatas foram até a Base Comunitária do Calabar, em Salvador, para realizar o último ensaio antes da disputa, na tarde desta terça-feira (28), e mostraram que vieram com graça e vontade de vencer.
Jovens de diferentes bairros da capital e do interior do estado, com idades entre 16 e 21 anos, elas foram selecionadas para participar da grande final do concurso, que ocorre nesta quinta-feira (30), no Hotel São Salvador, no Stiep, a partir das 17h.
As garotas foram escolhidas em seletivas ocorridas entre os meses de setembro e outubro. Em cada base, 15 candidatas disputaram a chance de representar as comunidades onde moram.
“A gente começou esse projeto com a intenção de aproximar os moradores da comunidade, mas enxergamos uma oportunidade de promover a interação das meninas com o mercado de trabalho”, diz a capitã Maria Oliveira, gerente do projeto.
Faz “cara” de Garota BCS
Os sorrisos tensos nos rostos de algumas candidatas expressavam ansiedade. Enquanto tentavam se ajeitar em duas fileiras, o orientador do concurso, Pepê dos Santos, gritava: “Faz cara de miss, cara de Garota BCS”. As recomendações, segundo ele, devem ser utilizadas na hora da disputa.
“Elas ficam ansiosas, mas é normal, porque muitas nunca passaram por uma situação como essa”, avalia ele.
Para garantir o prêmio, não basta ter só beleza. “Tem que ter simpatia e equilíbrio para conquistar os jurados. É diferente de um desfile”, explica Pepê, que participou das três edições do evento.
Na final, as meninas farão três desfiles e serão avaliadas por uma banca composta por cinco jurados. As três primeiras colocadas receberão prêmios individuais, bolsas para cursos profissionalizantes e participação em ações de publicidade, além de book fotográfico. A vencedora irá representar as bases comunitárias pelo período de 12 meses.
Parte das finalistas participam de ensaio geral para final de concurso