Discussão sobre praga na lavoura cacaueira terá transmissão para todo o país
Nesta segunda-feira (13) será realizada na Câmara dos Deputados, em Brasília, a audiência pública Controle fitossanitário da monilíase do cacaueiro. Os trabalhos serão transmitidos ao vivo pelo site da casa legislativa, a partir das 14h. A audiência foi solicitada pela deputada federal baiana Lídice da Mata. Prefeitos e secretários dos 83 municípios baianos pertencentes à região cacaueira foram convidados a acompanhar a transmissão da audiência, que também é aberta ao público em geral.
Sempre houve uma atenção à doença monilíase no Brasil, mas esse cuidado aumentou ainda mais após a recente detecção, no mês de julho, de focos em municípios do interior do Acre.
O Brasil é considerado zona livre da doença e agora luta para dizimar plantas e plantações contaminadas, na busca por conservar o status de país sem ocorrência da praga ou, ao menos, minimizar os impactos da chegada do fungo.
A monilíase ataca, principalmente, o cacau e o cupuaçu. É causada pelo fungo Moniliophthora roreri e infecta os frutos em qualquer fase de desenvolvimento. Em determinadas condições, sua ação pode causar perdas de até 100% da produção.
O fungo chegou à América do Sul no século passado e atualmente a doença se encontra confirmada e com histórico em todos os países produtores de cacau da América Latina, com exceção do Brasil, onde seu impacto ainda está em estágio de avaliação.
“É uma doença de grande poder de disseminação e por isso há um esforço conjunto entre os estados produtores de cacau e cupuaçu para controlar os focos identificados e impedir a expansão do fungo pelo território brasileiro. A Bahia, desde 2008, tem um Projeto Fitossanitário de Prevenção à Monilíase. Aliás, fomos pioneiros no Brasil na elaboração de tal planejamento. O Governo da Bahia vem reunindo todas as secretárias, entidades e órgãos ligados ao tema para, de forma colaborativa e síncrona, garantirmos nosso estado como área livre de monilíase”, explicou o secretário da Agricultura, João Carlos Oliveira.
O secretário ainda informou que no mês de julho participou de reuniões virtuais com secretários e representantes dos órgãos de defesa agropecuária do Acre, Rondônia, Mato Grosso e Espírito Santo, quando foram alinhadas ações conjuntas de prevenção. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Planejamento (MAPA) também acompanha o tema, fazendo-se presente às reuniões e auxiliando nas ações.
Agora, a partir da apresentação do problema na audiência a ser realizada na Câmara dos Deputados, espera-se um engajamento ainda maior de órgãos e entidades por todo o país, na busca por impedir a expansão do fungo pelo território brasileiro.
Endereço de acesso à audiência: https://www.camara.leg.br/evento-legislativo/63003