O secretário de Planejamento de Lauro de Freitas, Mauro Cardim, durante fórum S.O.S. Joanes, que discute a sobrevivência do Rio Joanes, que desemboca em Lauro de Freitas e é responsável por quase 40% do abastecimento de Salvador, disse ao Bahia Notícias que pode ocorrer uma crise hídrica na Região Metropolitana em cinco anos “se não tomarmos nenhuma atitude”. “A expectativa em curto prazo é criar um consórcio. Fazermos o monitoramento das águas do Rio Joanes, uma fiscalização junto ao Ministério Público. Punir quem está jogando detrito no rio. É o primeiro passo. O resultado daqui de hoje vai chegar à população em dez anos”, disse ele, que é curador técnico do movimento
O diretor da ONG Rio Limpo, Fernando Borba, em entrevista ao Bahia Notícias, disse que a responsabilidade da poluição do Rio Joanes 1, localizada em Lauro de Freitas, é da Embasa e do governo da Bahia. De acordo com ele, a degradação começou há 20 anos. “O rio está completamente podre. Ruim para o turismo ecológico, para a pesca na região, agricultura familiar. Após a barragem do Jambeiro, que é Rio Joanes 1, o que escorre ali é só esgoto e água de chuva. Eles [governo e Embasa] falaram que retomaram o saneamento básico em Lauro. Estamos aguardando que se conclua para evitar esse estrago ecológico”, disse. O presidente da Embasa, Rogério Cedraz, também presente no fórum S.O.S. Joanes, nesta segunda-feira (2), disse que “todos estão envolvidos”. “A solução é integrada. Não tem como vincular o problema com a Embasa e o governo. Problema é da qualidade dos mananciais, que nascem na ocupação desordenada do solo. Envolve os municípios. Problema que tem que ser trabalhado com dez mãos. Todos têm que ter papel”, rebateu, ao ser questionado pela reportagem.
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Fonte : Bahia Notícias