O ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que irá comprar toda a produção de máscaras feita no Brasil pela empresa 3M, uma das principais fabricantes do mundo. Ele concedeu entrevista a jornalistas nesta terça-feira (7).
“Hoje eu fiz um call com a empresa 3M. A gente vai adquirir a capacidade de produção total dessa fábrica aqui no Brasil. A gente imagina que vai conseguir ter 1,5 milhão até 1,8 milhão de máscaras para o nosso mercado confirmadas no mês de abril. Depois, no mês de maio e, depois, no mês de junho. Quer dizer, a gente vai ter abastecimento razoável”, disse Mandetta de acordo com o G1.
O ministro também pediu aos cidadãos que tenham máscaras do tipo N95 em casa, que doem a hospitais. “Nós continuamos com dificuldade no mercado chinês para garantir a compra [de máscaras]. Esta máscara [N95] é para pessoas que trabalham na área crítica no hospital. Quem tiver em casa, por favor, vá até uma unidade hospitalar e deixe lá. Usem em casa a de TNT”, explicou.
O anúncio da compra ocorre após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizar que poderia embargar toda a produção para o uso exclusivo do país. Mesmo com essa declaração de Mandetta sobre as máscaras, até esta segunda-feira (6), a 3M havia afirmado ao G1 que ainda não tinha como informar se o Brasil seria afetado pela ordem do presidente americano.
Na semana passada, Trump invocou a Lei de Produção de Defesa para obrigar a 3M a produzir e vender máscaras N95 para os Estados Unidos na quantidade que o governo julgar necessárias. A lei, dos anos 1950, permite o direcionamento da produção das empresas privadas e foi criada na época porque os americanos temiam problemas de abastecimento durante a Guerra da Coreia.
Trump pediu ainda que a 3M parasse de exportar o produto para o Canadá e a América Latina.