O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após terceira missão internacional do seu mandato, dessa vez para Portugal e Espanha, retoma os trabalhos nesta quinta-feira (27), com as indicações do primeiro escalão de dois Poderes da República a sua espera: dos substitutos dos ex-ministros Gonçalves Dias, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nos corredores do Palácio do Planalto, porém, não há expectativa, de decisões imediatas, levando em consideração que as duas situações dependem de uma complicada costura política.
A baixa mais recente, a definição sobre a chefia do GSI está em aberto, por exemplo, segundo o Metrópoles, porque não há clareza sobre o futuro do órgão após falhas na segurança da sede do Executivo Federal nos atos golpistas de 8 de janeiro.
Setores do governo chegaram a defender a desmilitarização do GSI e a nomeação de um comandante civil para o órgão responsável pela segurança presidencial. Até agora, porém, essa ala tem sido voto vencido e a intenção de Lula é voltar a nomear um general do Exército para o cargo, sinalizando que, apesar de problemas com militares bolsonaristas, ele confia nas Forças Armadas enquanto instituição.
O nome mais falado é o do general Marcos Antônio Amaro dos Santos, que já tomou conta da segurança da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), chefiando o GSI de janeiro de 2015 a maio de 2016. De acordo com o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, Lula se reuniu com o militar antes da viagem e ouviu dele que a missão seria aceita.