O ex-presidente Lula acusou, nesta sexta-feira (3), a Polícia Federal de demorar quase ano para devolver o tablete do seu neto de quatro anos, apreendido em 4 de março do ano passado, quando a PF cumpriu mandado de busca e apreensão, assinado pelo juiz de primeira instância Sérgio Moro, e levou do Instituto Lula, da residência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e das de outros colaboradores e diretores do instituto aparelhos de informática que contêm arquivos de dados, como computadores e telefones celulares.
Segundo o site do ex-presidente, foram dezenas de aparelhos, tanto pertencentes ao Instituto do Lula como a seus colaboradores. Sérgio Moro também autorizou busca e apreensão na casa de todos os filhos de Lula e dona Marisa. Moro autorizou busca e apreensão de todos os aparelhos eletrônicos com arquivos nas casas de pessoas.
“Tanto que, entre os aparelhos apreendidos pelos policiais, estão inclusive os de noras do ex-presidente e de seus netos, menores de idade. Como o tablet de um deles, de quatro anos de idade. Não se tem conhecimento de que o garoto seja investigado por qualquer crime”, diz o texto.
Os advogados responsáveis pela defesa de Lula e do presidente do Instituto, Paulo Okamotto, protocolaram ao juiz Sérgio Moro para que os aparelhos fossem devolvidos, “considerando que já houve tempo hábil para averiguar os arquivos”. A resposta do magistrado foi de que “esta questão deve ser tratada com a Polícia Federal”. A autoridade policial responsável, por sua vez, disse apenas o que seguiu acima, que o material segue sendo averiguado.