Lauro de Freitas instituiu o Grupo de Trabalho Intersetorial de Saúde da População Negra com objetivo de levar conscientização e informações relacionadas a doenças, prevenção e tratamento das enfermidades genéticas e hereditárias que atingem esta parcela da população. O decreto de criação do GT foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) na última quarta-feira (1º).
Através da força-tarefa, que tem como finalidade cuidar da saúde da população afrodescendente, o Grupo pretende confeccionar a Cartilha de Saúde para abordar direitos, doenças e informações de precaução das patologias; implementar o Comitê Municipal de Saúde da População Negra e a Política Municipal de Saúde da População Negra.
O GT terá como referência o Sistema Nacional Integral de Saúde da População Negra, de 2009, que tem como princípios reconhecer o racismo, as desigualdades étnico-raciais e o racismo institucional como determinantes sociais das condições de saúde, com vistas à promoção da equidade em saúde.
Nesse sentido, a iniciativa é considerada uma política antirracista, na avaliação da superintendente de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Suppir), Aline Oliveira. Ela conta que o GT nasceu a partir do desejo de promover uma política pública para a saúde da população negra, através de uma construção coletiva.
“Será um importante equipamento de acessibilidade aos serviços de saúde para nós, negros e negras. A gente entende que a saúde é para todos, mas a nossa população precisa de ações específicas. Afinal, nós somos maioria da população, temos predisposição a desenvolver algumas doenças hereditárias e isso reforça a necessidade de demanda e serviços específicos para a população negra”, contou.
A medida também é uma forma de fomentar projetos de saúde mais acessível para esta parcela da população, conforme destacou a integrante do GT e enfermeira especialista em saúde da população negra da Secretaria Municipal de Saúde (Sesa), Gilmara Bittencourt.
“O Grupo Intersetorial também vai dar maior visibilidade às questões relacionadas ao grupo específico que, de acordo com os dados do IBGE, de 2010, corresponde a 75% da população. Vamos trabalhar com a sensibilização dos profissionais de saúde”, reforçou.
A iniciativa é encabeçada pela Secretaria de Políticas Afirmativas, Direitos Humanos e Promoção da Igualdade Racial (Sepadhir), por meio da SUPPIR. O grupo é composto por uma força-tarefa entre as pastas e demais servidores da das secretarias de Saúde Sesa, de Educação (Semed), de Governo (Segov) e de Juventude (Seju).
Jornalista: Aina Soledad
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07/12/2021
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