O Brasil teve, em julho, 32.912 mortes confirmadas pela Covid-19, segundo dados apurados pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias de Saúde do país. O número é o mais alto registrado em um único mês desde o início da pandemia. Em junho, houve 30.315 óbitos.
Desde que o primeiro caso de Covid-19 foi registrado no Brasil, em março, a quantidade de mortes por mês segue crescente no país. Ouvido pelo G1, o epidemiologista e reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pedro Hallal, afirmou que “não tem nenhum motivo para um país onde a pandemia chegou em março o quinto mês ser o mês com mais mortes”.
O epidemiologista, que comanda a Epicovid – estudo brasileiro sobre prevalência do coronavírus -, avalia que o pais falhou nas principais medidas que poderiam conter a transmissão da doença: testagem massiva, busca ativa dos casos e distanciamento social.
Segundo Hallal, a restrição ao contato social começou bem, em março, mas as medidas vêm sendo relaxadas desde maio.”Se o Brasil continuar não fazendo o distanciamento social nas cidades onde os números ainda estão estabilizados ou crescendo, agosto vai ‘ganhar’ de julho e vai ser, de novo, o mês com mais mortes”, prevê.