Por Altamiro Borges
Cerca de vinte aloprados promoveram neste sábado (29) um ato em apoio ao ricaço Donald Trump, candidato à presidente dos EUA, na Avenida Paulista. A grotesca manifestação terminou em confusão e quatro pessoas foram detidas pela Polícia Militar. Vários presentes vestiam camisetas estampadas com o rosto do deputado Jair Bolsonaro e levavam cartazes com dizeres como “Hillary is the American Dilma” (Hillary é a Dilma americana) e “Obama and Hillary created Isis” (Obama e Hillary criaram o Estado Islâmico). Já no final do ato, por volta das 16 horas, houve um confronto em frente ao Masp com um grupo de manifestantes antifascistas e a polícia interveio.
O ato pró-Trump foi organizado pelo grupelho direitista “Juntos pelo Brasil”. Segundo um dos seus líderes, “Trump é uma resposta da sociedade americana ao projeto esquerdista de Hillary e Obama”. Pausa para a gargalhada! Durante a semana, outro aloprado explicou à jornalista Talita Marchao, do site UOL, os motivos da manifestação. “Para os organizadores do ato, a vitória do magnata na eleição presidencial dos EUA seria benéfica para o Brasil. Além disso, Trump teria semelhanças ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). A avaliação é do estudante de direito Dennis Heiderich, 25, do Movimento Juntos pelo Brasil, de orientação conservadora”.
“Trump e Bolsonaro são muito parecidos, principalmente na visão conservadora. O Bolsonaro é até mais conservador, porque defende abertamente a pena de morte, tema que Trump não aborda na campanha. Ambos são conservadores no aspecto moral e liberais no aspecto econômico”, explicou. “Heiderich, que chama a candidata democrata Hillary Clinton de ‘Dilma americana’, afirma acreditar que o presidente brasileiro, Michel Temer, teria uma maior afinidade com um governo americano liderado por Trump. ‘Trump defende a reestruturação do sistema capitalista, e isso beneficia muito o Brasil. Agora que a gente conseguiu finalmente derrubar esse governo, o Temer, que não é o presidente ideal, mas está fazendo alguma coisa para recuperar a economia, teria uma aproximação maior com Trump’”.
Para o fascista mirim, “Trump é uma resposta contra as propostas ideológicas da esquerda. ‘A gente entende que Trump é um resgate dos valores americanos que foram deixados de lado nos anos de Obama. Obama buscou uma política ideológica, as relações com Cuba e com países socialistas. Trump vem para fortalecer o capitalismo, para trazer o respeito à polícia, como a gente vê, nos EUA, onde ocorrem ataques de grupos negros contra policiais’, afirma”. Sobre as denúncias de assédio sexual contra Donald Trump, o fascistinha se limitou a dizer: “Isso foi feito bem antes, antes mesmo de ele ser candidato ou de pensar em se candidatar. Ele era só um bilionário”.
Diante de tantas besteiras conservadoras, os manifestantes devem ter sentido a falta da “possuída” Janaina Paschoal – ícone da direita nativa. Dias antes, ela andou disparando mensagens apocalípticas nas redes sociais, garantindo que a Rússia estaria prestes a invadir o Brasil. Só faltou pedir socorro às tropas ianques e ao falcão Donald Trump. Os comentários da “advogada do impeachment” viraram motivo de galhofa na internet.