A economia global deve encolher 3,0% em 2020, informou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira (14). O colapso da atividade é impulsionado pelo novo coronavírus e marcará a pior recessão desde a Grande Depressão da década de 1930.
O FMI, em seu relatório Perspectiva Econômica Global, previu uma recuperação parcial em 2021, com a economia mundial crescendo a uma taxa de 5,8%, mas disse que suas previsões foram marcadas por “extrema incerteza” e que os resultados podem ser muito piores, dependendo da situação da pandemia.
Sob o melhor cenário do Fundo, o mundo provavelmente perderá uma produção acumulada de US$ 9 trilhões em dois anos – maior que o PIB combinado da Alemanha e do Japão, acrescentou.
As previsões do FMI assumem que os surtos do novo coronavírus atingirão o pico na maioria dos países durante o segundo trimestre e desaparecerão na segunda metade do ano, com o fechamento de negócios e outras medidas de contenção gradualmente retiradas.
Uma pandemia mais longa com duração até o terceiro trimestre pode causar uma contração adicional de 3% em 2020 e uma recuperação mais lenta em 2021, devido aos efeitos “assustadores” das falências e ao prolongado desemprego. Um segundo surto em 2021 que force mais paralisações pode causar uma redução de 5 a 8 pontos percentuais na linha de base do Produto Interno Bruto global previsto para o próximo ano, mantendo o mundo em recessão pelo segundo ano consecutivo.
No Brasil, a economia brasileira deve encolher 6% este ano por causa dos efeitos negativos na atividade da pandemia do coronavírus, prevê a Moody’s Analytics, em teleconferência nesta terça-feira. Para a América Latina, a expectativa é de contração de 5,5% este ano, o dobro do que foi na crise financeira mundial de 2008, disse o diretor da instituição, Alfredo Coutiño.
Manuela Laborda
Fonte: cnnbrasil.com