O Irã lancou na noite desta terça-feira misseis contra duas bases que abrigam tropas americanas no Iraque. Segundo os EUA, pelo menos 12 de misseis foram lançados a partir do Irã contra as bases de Al Assad e Erbil.
“A vingança feroz da Guarda Revolucionária já começou”, disse a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã em um comunicado no canal Telegram, segundo o jornal The New York Times.
Segundo a rede CNN, um comandante de força paramilitar sunita iraquiana relatou que foguetes atingiram a base aérea de Al Asad, que fica a 120 quilômetros a oeste de Bagdá. Já a base de Erbil fica no norte do Iraque.
Pouco depois, o Pentágono confirmou o ataque em um comunicado. “Aproximadamente às 17:30 (horário da costa leste dos EUA) de 7 de janeiro, o Irã lançou mais de uma dúzia de mísseis balísticos contra as forças militares dos EUA e da coalizão no Iraque. Está claro que esses mísseis foram lançados do Irã e tiveram como alvo pelo menos duas bases militares iraquianas que abrigam militares dos EUA e da coalizão em Al Assad e Erbil.”
Além de tropas americanas, a base de Erbil também abriga pelo menos cem militares da Alemanha que atuam como consultores e no treinamento de forças iraquianas.
Segundo o Pentágono, as bases já estavam em alerta máximo por conta de “indicações de que o regime iraniano planejava atacar” forças americanas na região. Já a Casa Branca afirmou que o presidente dos EUA, Donald Trump, foi informado sobre os ataques.
“Estamos cientes dos relatos de ataques às instalações dos EUA no Iraque. O presidente foi informado e está monitorando a situação de perto e consultando sua equipe de segurança nacional”, disse Stephanie Grisham, secretária de imprensa da Casa Branca.
O ataque ocorre horas depois do sepultamento do comandante militar iraniano, Qassim Soleimani, que foi morto em Bagdá na última sexta-feira, durante um ataque americano.
Em meio às ameaças de retaliação por parte de Teerã, o presidente dos EUA, Donald Trump, avisou que os militares dos EUA fizeram uma lista de 52 locais no Irã que podem ser atacados e que as forças americanas os atingiriam “muito rápido e com muita força” se a república islâmica atacasse pessoal ou bens americanos.