Desde que a pandemia da Covid-19 começou no Brasil, o país nunca havia registrado uma queda tão grande no índice da média móvel de casos em comparação com os números de duas semanas atrás. Nesta quinta-feira (8), o valor atingido foi de 37,05%, inferior ao número do dia 24 de junho, há 15 dias. Essa é a maior retração de toda a pandemia.
De acordo com a reportagem da Revista Veja, a comparação é estabelecida pelos infectologistas para avaliar se um local está em situação de alta, de estabilidade ou de queda de casos na pandemia.
Segundo a publicação, para determinar um cenário de queda consistente, o índice precisa ser 15% inferior. É o caso do Brasil há 9 dias em relação tanto aos casos quanto às mortes. A média móvel de mortes foi 23,24% menor do que a apresentada há duas semanas.
Ainda conforme a revista, especialistas apontam que a queda tem relação com a velocidade atual do processo de vacinação e a média de doses distribuídas para combater a doença, que está na casa de 1,3 milhão por dia no mês de julho, acima da meta de 1 milhão definida pelo governo federal.
No entanto, a reportagem ressalta que os índices ainda estão acima dos números do ano passado e a queda consistente se dá também por conta da agressiva alta nos primeiros meses deste ano.
A média móvel diária de mortes nos últimos sete dias ficou em 1.441 nesta quinta-feira (8), o menor número desde 6 de março (1.443 óbitos). Na passagem de quarta-feira para esta quinta-feira (8), o Brasil registrou mais 1.639 vítimas fatais e 53.725 novos casos de Covid-19. Os dados são Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
