O vice-líder da oposição no Congresso Nacional, o deputado federal Afonso Florence (PT-BA) comenta sobre a saída do Antonio Imbassahy (PSDB-BA) da Secretaria de Governo. “Consumou-se, a já anunciada, troca na Secretaria de Governo do governo Temer, caiu Imbasshy, assumiu Carlos Marum (PMDB-MS). A substituição já tinha sido anunciada, mas Imbassahy conseguiu se manter mais alguns dias no cargo”, afirma.
De acordo com Florence, “alçado ao posto por ser do PSDB e por seu histórico de serviços prestados ao Carlismo, o desgaste de Imbassahy junto à base de Temer era grande, ele não conseguiu articular nada, ao ponto de ter sido caracterizado pelo vice-presidente da Câmara, o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), como “um incompetente” “um zero à esquerda”, um “merd…”. Noticia-se que ele só não caiu antes porque Temer gosta dele”.
Para a Bahia, mais do que uma vitória, foi um alívio. Imbassahy elegeu-se prefeito de Salvador em 1996 numa memorável campanha em que prometeu construir o Metrô “de” Salvador. A obra foi paralisada, logo no seu início, por fortes denúncias de corrupção. Está foi sua maior antes de assumir a Secretaria de Governo de Temer.
“Imbassahy formou com ACM Neto e Geddel o tripé do golpe na Bahia. Ao lado de Temer, cumpriu papel central na perseguição à Bahia perpetrada por ACM Neto. Com sua queda sobra, como liderança do golpe na Bahia, ACM Neto com sua relação umbilical com Temer”, destaca Afonso.
O parlamentar acrescenta ainda “nossas posições são opostas às deles. Vamos continuar a lutar contra a retirada de direitos, em especial esta reforma da previdência. Vamos apoiar a apuração isenta das denúncias de corrupção. Vamos continuar a cobrar a aplicação de recursos para a atenção básica na saúde de Salvador, a pior entre os municípios da Bahia”, finaliza.