Centenas de fieis se reuniam hoje (14), na Igreja de São Pedro dos Clérigos, no Pelourinho, onde foi realizada a santa Missa de Cinzas e o lançamento da Campanha da Fraternidade 2018. Presidida pelo arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, a celebração marcou o inicio da Quaresma, período de jejum, orações e reflexões. Presentes na celebração, o secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), Carlos Martins e o coordenador executivo da pasta, Yulo Oiticica.
“A Missa de Cinzas tem um significado muito especial para toda a comunidade católica; é quando os fiéis são marcados simbolicamente com cinzas na testa, que simboliza a reflexão sobre a mudança de vida”, comentou Martins.
Durante a missa, Dom Murilo falou sobre a luta pela justiça social, e igualdade das famílias. Destacou também a importância da mudança de comportamento e do combate à violência, que “assusta a todos nós e, infelizmente, é algo que ataca toda a sociedade. Basta dizer que o número de vítimas no Brasil supera o de muitos países em guerra”, disse ele.
Na oportunidade também foi lançada a Campanha da Fraternidade, que este ano tem o tema “Fraternidade e superação da violência” e o lema ‘Vós sóis todos irmãos’, tirado do livro de Mateus 23:8. O lema já mostra que a campanha de 2018 pretende promover a cultura da paz e também buscar a reconciliação, bem como incentivar a justiça à luz da Palavra de Deus. A campanha também propõe a valorização da família e da escola como espaços de convivência fraterna, de testemunho e do perdão, além de identificar, acompanhar e reivindicar políticas públicas de superação da desigualdade social e da violência e apoiar os centros de direitos humanos, comissões de justiça e de paz e organizações da sociedade civil que trabalham para a superação da violência.
“Essa convocação nunca foi tão necessária, infelizmente o nosso país vive um momento em que os índices de homicídios, feminicídios, LGTBfobia, violência contra crianças e adolescestes têm números alarmantes. Combater a violência, respeitar as pessoas e valorizar a vida é urgente”, comentou Martins.