Ainda sem um tratamento “concreto” e comprovado pela ciência contra esse novo coronavírus, a hidroxicloroquina gera muita polêmica em governos ao redor do mundo. Ao que parece, ninguém consegue se entender e bater o martelo de uma vez. Afinal, serve ou não serve? A hidroxicloroquina parece estar sendo mais utilizada como ferramenta política do que como medicamento. Estamos em uma guerra pela vida ou pelo poder?
Já ouvimos relatos de pessoas que ficaram curadas com a substância. Pessoas próximas, amigos e médicos falando na mídia. Enquanto um não vê problema algum em responder à pergunta e afirma ter usado e que foi eficaz. Essa é uma questão que o mundo inteiro anseia saber, ainda mais se a resposta vier de um profissional da área da saúde. O outro se recusa a esclarecer, a dar uma resposta apenas se sim ou não. Mesmo existindo o juramento de Hipócrates em ato solene efetuado pelos médicos, tradicionalmente por ocasião de sua formatura, no qual juram praticar a medicina honestamente. Mas a verdade sempre aparece e este foi, de certa forma, empurrado pela situação e em virtude do vazamento de sua prescrição médica, a confirmar o uso do medicamento.
Por outro lado, também já ouvimos relatos de pessoas que morreram por arritmia cardíaca ao usar o medicamento. Além de problemas oculares, como perda da visão periférica em alguns casos. Afinal, o remédio tem mesmo uma bula cheia de recomendações e reações adversas que até os mais corajosos pensariam duas vezes antes de usar, sem uma recomendação médica. O que é o mais correto e indicado. Mas, para os lúpicos, um dos grupos de pacientes que necessitam do uso contínuo do medicamento, este não pode faltar um dia sequer. É bem verdade que são feitos uma série de exames antes de se indicar o uso contínuo da Hidroxicloroquina, para se assegurar que de fato não há risco ao paciente. Ou seja, que o benefício do seu uso é muito maior. E literalmente, o remédio dá uma qualidade de vida melhor ao paciente e o mantêm em condições de viver praticamente saudável.
Nos EUA, o uso Hidroxicloroquina é defendida pelo presidente Donald Trump, que afirma ser totalmente eficaz. O que gerou semanas atrás, um embate entre assessores do presidente e especialistas da equipe de enfrentamento montada pela própria Casa Branca. O imbróglio foi noticiado na segunda-feira (6) pela imprensa americana e teria como um dos pivôs Pete Navarro, um dos auxiliares mais próximos do chefe de governo. O outro é Anthony Fauci, uma das lideranças da força tarefa montada para definir as respostas das autoridades no combate ao novo coronavírus. Segundo o site Axios, Navarro deu início a uma discussão durante uma reunião realizada e foi veemente ao insistir na eficácia da hidroxicloroquina, citando estudos feitos fora dos EUA, algo que foi rechaçado pelos especialistas na área, que apontam que trata-se de medicamento em teste e que pode colocar o paciente em risco.
Pelo Brasil a coisa não é diferente. Enquanto o presidente da república federativa já anunciou por muitas vezes o remédio e até já foi em pronunciamentos e sua própria rede social anunciar a sua eficácia, o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta, espera que a ciência dê o aval final. E esse é um dos pontos de divergências entre eles, além do isolamento vertical x horizontal, enfim. E ao que parece depois de uma reunião a sete chaves, entre eles, houve um afrouxamento e o uso foi liberado para o SUS, desde que seja feito em pacientes graves, internados e sob supervisão médica.
Mas em tempos de incertezas, o que fazer? Esperar… Não esperar… Como agir e pensar rápido no meio do furacão? Enquanto não se decidem de fato o que fazer. O povo fica nas mãos de quem realmente e DE FATO entende de vida e morte. DEUS.
Manuela Laborda