A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), alertou o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional sobre as ameaças de bolsonaristas à Corte e também por serem feitas em um contexto no qual o País passa pela maior crise na saúde pública de sua história, com a pandemia do coronavírus, que deixa o Brasil em segundo lugar no ranking mundial de confirmações (414,6 mil) e em sexta na quantidade de mortes provocadas pela doença (25,6 mil), de acordo com a plataforma Worldometers.
“Brasil registra o maior número de mortes (1086) por covid no mundo e família Bolsonaro com seus apoiadores anunciam ruptura institucional e fazem ameaças até de violência física. O Supremo e o Congresso ficarão olhando? Esperarão o jipe, o cabo e o soldado?!”, escreveu a parlamentar no Twitter.
“A mentira, e não a democracia, sempre foi a grande arma de Bolsonaro. Por isso o dia de ontem abalou tanto seu projeto autoritário. As instituições precisam reagir a mais esta ameaça, antes q a democracia seja destroçada de vez. Fora Bolsonaro e seu governo!”, acrescentou ela, após Bolsonaro ameaçar o STF.
O número de 1086 citado pela parlamentar foi uma referência ao número de mortes cravado nesta quarta-feira (27), quando o Brasil chegou a 25.598 casos da Covid-19, de acordo com o Ministério da Saúde – os dados da pasta diferem um pouco das estatísticas da plataforma Worldometers, que disponibiliza o ranking mundial de países com a quantidade de confirmações e mortes provocadas pelo coronavírus.
Ao escrever “jipe”, “cabo” e “soldado”, Gleisi fez referência à declaração feita pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro em outubro de 2018. “Será que eles vão ter essa força mesmo? Se quiser fechar o STF você não manda nem um Jipe, manda um soldado e um cabo”, disse.
O filho de Jair Bolsonaro voltou a fazer ameaças ao Supremo, após a Polícia Federal cumprir mandados de busca e apreensão contra políticos e empresários bolsonaristas, além do blogueiro Allan dos Santos, do site Terça Livre, por causa da disseminação de fake news. “Quando chegar a um ponto que o presidente não tiver mais saída e for necessário uma medida enérgica, ele que será taxado como ditador”, afirmou Eduardo no Twitter.