Contra as pretensões do governo de implantar o plurisindicalismo selvagem, a Direção
Executiva Nacional da CTB deliberou, em reunião ocorrida no último dia 27, em Curitiba, por
realizar uma ampla campanha em defesa das entidades sindicais, contra os ataques aos
direitos da classe trabalhadora e o desmonte da organização sindical.
A CTB reafirmou a defesa da Unicidade Sindical e a rejeição ao pluralismo que Jair Bolsonaro
pretende impor, com o óbvio propósito de dividir, pulverizar e debilitar ainda mais o
sindicalismo.
A classe trabalhadora e povo brasileiro já perderam demais. São muitos os estragos assistidos
com o congelamento dos gastos públicos, a reforma trabalhista regressiva, a terceirização
generalizada e o desmonte da seguridade social, com a reforma da Previdência. Nessa matéria
não cabe vacilação. Precisamos ter pulso firme e resistir. Não podemos cair no canto da sereia do governo e do neoliberalismo.
Lembremos que o discurso dos patrões e da mídia era o de modernizar as relações de trabalho
para dar segurança jurídica às empresas e gerar empregos. Uma falácia.
O que assistimos é o desemprego em massa e os trabalhadores inseguros, até mesmo em
recorrer à Justiça para receber verbas rescisórias, pelo fato da Justiça gratuita ter acabado, prevalecendo agora o risco de arcar com as custas processuais.
A CTB defende a união do mais amplo leque de entidades sindicais e setores da sociedade civil
organizada pelo fortalecimento dessas organizações, numa campanha para fortalecer a
organização sindical, contemplando a defesa da Justiça do Trabalho e a sustentação material das
entidades que estão unificadas na luta em defesa da democracia, da soberania e dos direitos e
conquistas da classe trabalhadora. *Adilson Araújo – presidente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil*