A certificação de 60 educadores de Lauro de Freitas, realizada na noite desta quarta-feira (14), na formação de professores alfabetizadores de jovens e adultos (EJA), é um marco na história da educação voltada a este público no município. A formação teve como base uma nova metodologia, que considera a história de vida e a trajetória dos alunos do EJA. Idealizadora do projeto, a professora alfabetizadora da Escola Municipal Fênix, Edilene Fonseca, explicou como o curso vai mudar a prática pedagógica.
“As aulas voltadas para os aprendizes adultos precisam considerar o repertório de vida deles, porque muitas vezes as práticas de sala de aula ainda eram muito pautadas em um formato voltado para crianças, desde os textos que remetiam a um contexto infantil, à própria linguagem que não condizia com o público. A prática dos nossos professores é muito boa, mas precisávamos fazer com que os educandos estivessem o tempo todo no centro dessa aprendizagem”.
De acordo com a professora, a ideia da formação, realizada por educadoras da própria rede municipal de ensino, surgiu da observação dos supervisores do núcleo da EJA, a partir das necessidades levantadas ouvindo as escolas, demanda atendida pela diretora do Departamento da EJA, a educadora Maria Renilda Daltro Moura. A metodologia que serviu como base para estruturação da formação, a primeira deste tipo realizada em Lauro de Freitas, foi retirada da publicação Alfabetizar Letrando.
Durante a certificação, a secretária municipal de Educação, Vânia Galvão, parabenizou os professores pela formação. “Parabenizo a todas as professoras que estão sendo certificadas hoje nesta formação, que visa fortalecer a educação de jovens e adultos em Lauro de Freitas. Acredito que temos avançado consideravelmente no sentido de fortalecermos cada vez mais a educação no município, a partir da contribuição de nossos educadores, responsáveis por estes avanços e pela formação cidadã de nossos munícipes.”
Experiência enriquecedora
Há dez anos na EJA, a professora Ana Eleonora, uma das educadoras certificadas, acredita que apesar das dificuldades trazidas pela pandemia, a formação traz boas perspectivas. “Saímos muito enriquecidas deste curso, foi um momento importante de crescimento e de enriquecimento de práticas pedagógicas. Apesar do ano de 2022 ser desafiador, por conta da pandemia, com certeza será um período melhor, porque teremos professores muito mais preparados e bem formados para lidarem com este processo de alfabetização”.
Jornalista: Rodrigo Castro
Fotos: Maína Diniz
14/12/2021
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