Documentos divulgados na manhã deste sábado (25/4) apontam que o senador Flávio Bolsonaro teria financiado e lucrado com a construção ilegal de prédios realizada pelas milícias e com uso do dinheiro público, no Rio de Janeiro. As informações são do site The Intercept Brasil.
O dinheiro usado seria fruto de “rachadinha”, esquema de desvio de salários de assessores, e teria sido coletado no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A defesa do senador já pediu a suspensão do processo nove vezes, mas, até agora, nenhum foi considerado.
Investigações como essa, contra um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, seria um dos motivos para ele ter pressionado o ex-ministro da Justiça Sergio Moro a trocar o comando da Polícia Federal do Rio, que também apura o caso, e em Brasília.
As investigações, que seguem em sigilo, apontam, com o cruzamento de informações bancárias de 86 pessoas suspeitas, que o esquema ilegal serviu para irrigar o ramo imobiliário da milícia. Os dados mostrariam que o agora senador receberia o lucro do investimentos das edificações por meio de repasses feitos pelo ex-assessor Fabrício Queiroz e pelo ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, que estava foragido e foi morto em fevereiro deste ano.