E quem diz isso, não é esta jornalista que aqui escreve. Mas alguns dos fisioterapeutas do Hospital Espanhol – Unidade que implantou a musicoterapia com um mês de funcionamento, como o maior Centro de Tratamento Covid na Bahia.
No tratamento da doença que se tornou o mal dos últimos séculos e que, inicialmente, ataca as capacidades respiratórias, a fisioterapia é procedimento fundamental. E no HE, as duas terapias aliaram-se, contando com a vontade e multidisciplinaridade dos profissionais das respectivas áreas, numa associação de interação e equilíbrio físico e emocional para o paciente.
O outubro, além de ser rosa, na prevenção do câncer de mama, também celebra o Dia do Fisioterapeuta, do Médico, do Anestesiologista, do Dentista… Tornando-se um mês de celebrações na área de saúde. O Dia do Musicoterapeuta é 15 de setembro. Mas no último dia 13 de outubro, quando é comemorado o Dia do Fisioterapeuta, a musicoterapia e a fisioterapia do Hospital Espanhol entrelaçaram as mãos e partiram juntas para os atendimentos beira leito.
A primeira paciente a receber a dupla foi Jessilene Santos dos Reis, moradora da Ilha de Vera Cruz, internada na UTI. Camila Oliveira, fisioterapeuta, e Marcos Barbosa, musicoterapeuta, adentraram ao leito ao som de “100% você”, do Chiclete com Banana. Porque levar alegria, também é terapia!
“A música vem como uma motivação, um ânimo, além das nossas condutas. Estimula o paciente a se movimentar mais. E envolve o lado emocional, principalmente quando o paciente escolhe uma música de sua preferência. E Marcos sempre pergunta, para atender esta pequena vontade, em meio a tantas limitações. O trabalho flui melhor e torna o dia diferente, na rotina do paciente” – explica a fisio Camila Oliveira, depois de uma sessão ao som do Chi…cle…têêê…
O musicoterapeuta Marcos Barbosa lembra que a união das duas terapias fortalece o processo de reabilitação, uma atuando na parte motora e outra na emocional. “Com isso, podemos alcançar resultados de forma mais rápida e efetiva” – completa o músico.
O casamento deu certo
Giovani Assunção da equipe de fisioterapeutas do HE considera este casamento perfeito e da maior importância, durante a pandemia: “O ambiente de terapias intensivas hospitalares, em isolamento, é muito pesado para o paciente. A música traz alegria. Então, a associação da musicoterapia à fisioterapia convencional, promove o alcance de objetivos, além dos previstos.”
Música é sempre referência em nossas vidas. Nos traz lembranças, sejam elas positivas ou negativas. Mas é algo que nos remete a experiências pessoais, afetivas, temporais, familiares… Num ambiente hospitalar, num Centro de Tratamento Covid, a vida pessoal parece ficar na porta, barrada na portaria. Porque o paciente fica em isolamento. Em geral, a vida doméstica nos conforta. Em internamento, tudo que se quer, é voltar para casa. Em isolamento, tudo que se quer é contatos familiares. “E a música traz para o paciente, referências da sua vida pessoal. A fisioterapia é promoção de bem-estar. Feita com música, ao vivo… é um casamento perfeito!” – comenta Thaiane Barroso, fisioterapeuta do HE.
Deu match, o casal foi shippado e o casamento perfeito das terapias segue dando bons resultados! “Eu gostei muito. Foi diferente. Quero fazer de novo!” – disse D. Jessilene.