Especialista do Leme alerta para a importância de atualizar a carteira de vacinação da criança, principalmente se irão viajar nas férias
Férias combina com diversão e a melhor forma de aproveitar o momento com mais tranquilidade é manter as vacinas das crianças em dia, principalmente se a família irá viajar nesse período. A diretora médica do Leme, Dra. Marla Cruz, afirma que independentemente da idade, a vacina é o meio mais seguro de evitar o desenvolvimento e proliferação de diversas doenças.
“A vacina é essencial para manter as crianças protegidas de doenças perigosas e que podem colocar a vida delas em risco, por isso, nesse período de férias, em que as crianças ficam expostas a diversos vírus, como a gripe e a Covid-19, por exemplo, manter o calendário vacinal da criança atualizado é fundamental”, esclarece a médica.
Para garantir a cobertura vacinal das crianças, a Dra. Marla Cruz elenca os principais imunizantes exigidos e recomendados para viagens internacionais e nacionais:
Febre Amarela:
A vacina contra a febre amarela, doença viral transmitida por mosquitos infectados, é indicada para crianças a partir de 9 meses, adolescentes e adultos que vivem em regiões brasileiras com recomendação da vacinação pela Anvisa. Além disso, é indicada para pessoas que viajam a regiões de risco para a doença ou que exigem a comprovação de vacinação.
Considerada um dos imunizantes mais importantes em escala mundial, a vacina contra a febre amarela é exigida para entrar em países como África do Sul, Austrália, Egito, Indonésia, Tailândia e países da América Latina. Para viagens dentro do Brasil, a Anvisa recomenda a vacina para quem vai ao Acre, Amazonas, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins. Ela também é importante para quem for visitar as zonas rurais dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Vale lembrar que a dose deve ser tomada dez dias antes da viagem para ser considerada pelos órgãos de fiscalização e para destinos fora do Brasil, é necessário o certificado internacional de vacinação.
Gripe:
A gripe é considerada uma epidemia global, o que faz com que a vacinação contra os principais vírus que transmitem a doença seja essencial para qualquer viagem, nacional ou internacional. Além disso, o imunizante é indicado para todas as pessoas a partir de 6 meses de vida, principalmente aquelas que fazem parte dos grupos de risco: pessoas com maior risco para infecções respiratórias, gestantes, crianças até 5 anos, idosos, profissionais de saúde, puérperas, imunodeprimidos e professores.
A vacina da gripe oferecida nas unidades de medicina diagnóstica da Dasa, maior ecossistema integrado de saúde do Brasil e do qual o Leme faz parte, é a quadrivalente, ou seja, protege contra quatro subtipos do vírus Influenza e suas complicações. Os subtipos são H1N1, H2N3, B linhagem Victoria e B linhagem Yamagata.
Tétano:
A vacina contra o tétano é recomendada para viagens a países da África, América Central, América do Sul e Europa, especialmente para quem for realizar atividades em que possam ocorrer machucados e cortes. O tétano é uma infecção bacteriana que pode danificar o sistema nervoso e levar até a morte.
Hepatite A e B:
As vacinas contra as hepatites A e B são recomendadas para viagens em todos os países do mundo e dentro do Brasil, devido ao risco elevado de contaminação. A hepatite A é geralmente transmitida por alimentos ou água contaminados pelo vírus causador da doença ou pelo contato com pessoas infectadas. A vacina contra a hepatite A é indicada para pessoas a partir de 12 meses de vida e deve ser realizada em duas doses com intervalo de seis meses. A aplicação rotineira do imunizante é feita aos 12 e 18 meses, ou o mais cedo possível quando não ocorrer nas idades recomendadas.
A hepatite B é ainda mais comum e é comumente transmitida por relações sexuais desprotegidas. A vacina é indicada para crianças ao nascer, aos 2, 4 e 6 meses de vida. Crianças mais velhas, adolescentes e adultos que não foram vacinados devem tomar três doses com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda, e de cinco meses entre a segunda e a terceira dose.
“Antes de viajar para curtir as férias confira se a carteira de vacinação está em dia, manter a criança imunizada diminui os riscos e a transmissão de doenças virais”, finaliza a doutora.